Economia

Custo de vida está longe de dar alívio às famílias, alerta Copom

Ata do Comitê de Política Monetária contraria o discurso da presidente da República. Diz ainda que os gastos públicos incentivam a carestia. Para analistas, a taxa Selic subirá a 9% em agosto

postado em 19/07/2013 06:05
Apenas um dia após a presidente Dilma Rousseff ter afirmado a empresários que ;a inflação ;vem caindo de maneira consistente nos últimos meses;, o Banco Central (BC) rebateu o discurso oficial do Palácio do Planalto e recomendou prudência com a escalada dos preços. Nas palavras dos diretores que assinam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, mas divulgada ontem, ;o nível elevado; do custo de vida e a ;dispersão de aumentos de preços; contribuem para que a carestia no país ainda mostre ;resistência;. O comunicado, que tem como objetivo explicar o porquê de o BC ter elevado os juros básicos de 8% para 8,5% ao ano, foi elogiado pelo mercado, que viu uma mudança importante na postura da instituição, até então apontada como leniente em relação à carestia que atormenta as famílias.



Dilma havia feito um discurso acalorado, em que, além de atacar o que chamou de pessimismo dos que criticam o governo, defendeu veementemente os resultados de sua equipe econômica, entre os quais o controle da inflação e o maior rigor fiscal. Para o Copom, em vez de prudência com os gastos públicos, ;iniciativas recentes apontam o balanço do setor público em posição expansionista;. Trocando em miúdos: o governo está gastando demais quando, na verdade, deveria poupar recursos para deixar de pressionar o custo de vida.

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