Jornal Correio Braziliense

Economia

Papa cria comissão especial para revisar estruturas econômicas do Vaticano

A comissão começará a trabalhar no início de agosto e apresentará suas propostas pessoalmente a Francisco

Cidade do Vaticano - O Papa Francisco instituiu nesta sexta-feira (19/7) uma comissão para analisar as medidas a serem tomadas para melhorar as estruturas econômicas e administrativas da Santa Sé, o que confirma uma aceleração das reformas no Vaticano, anunciou seu porta-voz. A comissão, criada por um documento de sua mão, parte de uma reforma mais ampla da empresa argentina Papa e à Cúria das estruturas centrais da Igreja, abalada nos últimos anos por escândalos.



A Comissão do Vaticano pretende realizar um esforço global para "agilizar e simplificar" os vários "ministérios" do Vaticano, paralelamente a uma "programação mais cuidadosa" das atividades das administrações. Os oito membros desta nova instituição vêm principalmente da Europa e são todos "especialistas em assuntos jurídicos, econômicos, financeiros e organizacionais." O presidente da Comissão é Joseph FX Zahra, de Malta. Dois outros membros leigos são o francês, Jean-Baptiste de Franssu e Jean Videlain-Sevestre. Os outros são um espanhol, um italiano, um alemão e um cingalês.

O única religioso é o secretário da Comissão, Dom Lucio Anjo Vallejo Balda, atual secretário da Prefeitura da Santa Sé para assuntos econômicos. As contas do Vaticano foram publicadas no início de julho, indicando uma melhora em 2012 em relação a 2011, mais ainda insuficiente. Eles alcançaram o verde em 2012 com um superávit de 2,2 milhões de euros (contra 14,900 milhões de euros de déficit do ano anterior).

As doações para o Vaticano diminuíram a 65,9 milhões em 2012, contra 69,7 em 2011. Além disso, as contribuições de dioceses de todo o mundo caíram de 32,1 para 28,3 milhões de dólares. Os resultados financeiros do Vaticano em 2011 acompanharam as "tendências negativas dos mercados financeiros globais", mas em 2012 eles beneficiaram de um "bom desempenho na gestão financeira", explicou o Vaticano.