postado em 22/07/2013 04:00
Pressionado a mostrar mais comprometimento com as contas públicas, o governo anuncia hoje o aguardado corte de gastos no Orçamento Federal. A tendência é de que sejam represados entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões em despesas com custeio, como passagens aéreas, material de escritório e até contratos com funcionários terceirizados. O ajuste ajudará a União a economizar recursos para saldar parte dos juros da dívida pública, e fazer o chamado superavit primário, de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Diante das críticas de analistas, que acusam o governo de ter abandonado as metas fiscais, a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff tenta promover um choque de credibilidade, o que ajudaria a vencer a desconfiança de empresários e estimular a retomada de investimentos produtivos.
Para vencer críticas e desconfiança geral, o governo vem trabalhando em um corte do Orçamento que, se não é nem de longe um dos maiores já feitos (em 2012 foram represados R$ 55 bilhões), foi um dos que mais deram trabalho para sair do forno. Para definir os detalhes do relatório de reprogramação de receitas e despesas, que também trará a revisão do PIB de 3,5% para 3%, o governo teve que acomodar ânimos e ceder politicamente. Além de deixar de fora do corte as emendas parlamentares, a Fazenda teve que acalmar os ânimos em brigas envolvendo técnicos de outros ministérios, como o Planejamento e a Casa Civil, que também compõem a junta Orçamentária.
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