Rosana Hessel
postado em 24/07/2013 12:36
A Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal) reduziu de 3% para 2,5% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano. Juntamente com o México, que teve a projeção reduzida de 3,5% para 2,8%, o país foi um dos responsáveis pelo corte na expectativa de expansão da região.A entidade sediada em Santiago do Chile divulgou nesta quarta-feira (24/7) a edição de 2013 do Estudo Econômico da América Latina e do Caribe com um corte de 0,5 ponto percentual na expectativa de crescimento do PIB latino-americano de 3,5% para 3%. A última revisão das projeções havia sido feita em abril. Uma das exceções foi o Paraguai, cuja projeção subiu de 10% para 12,5%. A projeção do PIB da Argentina foi mantida em 3,5%.
;Uma das razões dessa redução nas projeções da região é o aumento do deficit em conta corrente e os problemas fiscais no México e dos países da América do Sul;, afirmou a secretária-geral da Cepal, Alicia Bárcena. Na sua avaliação, a desaceleração da China, um importante parceiro comercial dos países da região, percebida desde 2011 é um fator de preocupação em relação à economia da região, principalmente, para os países exportadores de commodities. ;A China tem mudado sua estratégia e se voltando mais para o consumo interno;, completou ela destacando que as exportações das matérias-primas da região têm crescido em volume, mas com preços menores. ;Apesar da desvalorização das moedas na região, a região está sofrendo pressões inflacionárias muito importantes relacionadas aos preços dos alimentos;, destacou. Segundo ela, a América do Sul tem mais pressões do custo de vida que os demais países do Caribe.