Vera Batista
postado em 01/08/2013 06:02
Apesar dos transtornos no trânsito, do atraso de obras importantes de rodovias e do barulho provocado por manifestantes em alguns dos principais aeroportos do país, o governo não cedeu um milímetro nas negociações com servidores públicos e empregados de estatais que decidiram cruzar os braços. No caso dos funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em greve desde 25 de junho, a ordem do Palácio do Planalto foi pelo corte de ponto. Muitos receberam os contracheques ontem com os valores reduzidos.
;Essa foi mais uma estratégia do governo para nos fazer recuar. Mas não vamos aceitar a truculência. Até porque o STJ (Superior Tribunal de Justiça) já decidiu que o corte de ponto só deve ocorrer quando a greve é ilegal. O que não é o nosso caso;, reagiu Luiz Heleno Albuquerque, do comando nacional de greve do Dnit. Ele ressaltou que mesmo servidores de férias, de licença-médica e de licença-maternidade tiveram descontos de dias parados. A assessoria de imprensa do órgão e o Ministério do Planejamento admitiram que a punição foi aplicada, mas não entraram em detalhes.
As pressões por aumento de salários e pela reestruturação de carreiras se espalham pelo país. O primeiro dia da paralisação dos aeroportuários, ontem, teve adesão de 75% dos 13 mil trabalhadores, nos 62 terminais administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), segundo o sindicato nacional da categoria (Sina). Nos seis maiores deles ; Congonhas (SP), Galeão (RJ), Vitória (ES), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Salvador (BA) ;, o apoio, de acordo com os grevistas, foi de 80%. Nos outros, os índices variaram em torno de 60%, disse o presidente do sindicato da categoria, Francisco Lemos.
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