Jornal Correio Braziliense

Economia

Convênios tentam alternativas para fugir da crise que atinge o setor

Apesar dos reajustes anuais de mensalidades sempre acima da inflação, setor tem de se desdobrar para atingir o equilíbrio financeiro.

O desafio de lidar com o envelhecimento da população brasileira e a pressão dos consumidores por serviços de qualidade devem forçar o setor de saúde suplementar a mudar de direção para fugir de um futuro colapso e manter o equilíbrio financeiro. Com várias operadoras fechando as portas por dificuldades de caixa e de gerenciamento ; apesar dos reajustes anuais de mensalidades sempre acima da inflação ;, os convênios médicos correm o risco de, com o tempo, enfrentarem a diminuição do ritmo de adesões ou até a retração do número de novos vínculos.



Falta de qualidade e preços altos (veja arte) são uma combinação perigosa para o setor. Para o representante comercial Raimundo de Araújo Siqueira, 46 anos, por exemplo, pagar o plano de saúde da família se tornou um martírio. Como a remuneração dele varia de acordo com as vendas que realiza, em alguns meses, ele atrasa o pagamento porque não atingiu a meta. ;As despesas só aumentam. É escola de criança, gasolina, supermercado. Já suspendi o meu plano de saúde e hoje só pago o da minha mulher e da nossa filha;, reclama.

Todo mês Siqueira desembolsa R$ 570 para pagar o convênio das duas e reclama que as revisões de preço sempre são acima da inflação. Para ele, as operadoras deveriam fazer um reajuste compatível com o valor do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). ;Tudo encareceu, e os planos de saúde estão no topo da lista. Chego no fim do mês sem um tostão no bolso. As vendas no comércio não estão boas, e eu me prejudico com isso, porque dependo dos pedidos que fecho para ganhar a minha comissão;, lamenta.



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