Agência France-Presse
postado em 05/08/2013 16:47
PARIS - A França precisa reduzir o ritmo da austeridade para ajudar a economia, em recessão, a voltar ao caminho do crescimento, disse o Fundo Monetário Internacional em um relatório divulgado nesta segunda-feira (5/8).
Em sua análise anual da segunda maior economia da zona do euro, o FMI também afirmou que a França precisa cortar seus gastos, mas sem aumentar os impostos, acrescentando que eles já estão "entre os mais altos para os padrões internacionais".
"No final de 2013, o governo terá encerrado dois terços de seus esforços para levar os déficits a uma posição estável. Dado o histórico e a ainda hesitante recuperação, o governo deve reduzir o ritmo dos ajustes", disse.
Enquanto a França luta para controlar seu déficit, o presidente François Hollande disse, no mês passado, que a "recuperação da economia está aqui", mas que ele não pode descartar o aumento dos impostos para ajudar a equilibrar o orçamento. Contudo, o FMI alertou contra essa ação, dizendo que isso poderia dificultar tanto os investimentos como a criação de novos empregos.
Em junho, o número de pessoas que procuram empregos na França atingiu um novo recorde de 3,28 milhões, marcando uma alta de 11,2% na comparação anual, e o 26; mês consecutivo de crescimento do desemprego.
[SAIBAMAIS]O FMI também alertou que a França deve terminar o ano em recessão, com o Produto Interno Bruto (PIB) se contraindo 0,2% em 2013, e previu um crescimento fraco de 0,8% no próximo ano.
"A consolidação fiscal continua muito substancial em 2013 e a produção deve se contrair levemente este ano e crescer moderadamente em 2014".
Além disso, o déficit público da França deve ficar em 3,9% do PIB em 2013, contrastando com a previsão do governo de 3,7%. Na semana passada, contudo, o ministro das Finanças, Pierre Moscovici indicou que o déficit deve aumentar.
O FMI parabenizou a França pela reforma do mercado de trabalho, que trouxe menores custos trabalhistas e maior segurança para os trabalhadores e abre o caminho para reformas mais amplas.
"É a maior reforma trabalhista desde os anos 80 e a negociação bem-sucedida marca uma melhora significativa nas relações do mercado".
Outro ponto de preocupação do FMI é a falta de competitividade, alertando que os altos salários estão prejudicando as empresas francesas, que, por sua vez, estão evitando reduzir os preços de seus produtos ou fazer investimentos.
"Em face de uma tendência de queda no crescimento da produtividade desde os anos 90, o crescimento real dos salários na França tem sido sustentado às custas de uma parte da renda indo para os rendimentos".
Na manhã desta segunda-feira, os dados da empresa de pesquisas Markit mostraram que a atividade comercial da França encolheu ainda mais em julho, mas no menor ritmo em 17 meses, a 49,1, em alta em relação aos 47,4 de junho.
Em sua análise anual da segunda maior economia da zona do euro, o FMI também afirmou que a França precisa cortar seus gastos, mas sem aumentar os impostos, acrescentando que eles já estão "entre os mais altos para os padrões internacionais".
"No final de 2013, o governo terá encerrado dois terços de seus esforços para levar os déficits a uma posição estável. Dado o histórico e a ainda hesitante recuperação, o governo deve reduzir o ritmo dos ajustes", disse.
Enquanto a França luta para controlar seu déficit, o presidente François Hollande disse, no mês passado, que a "recuperação da economia está aqui", mas que ele não pode descartar o aumento dos impostos para ajudar a equilibrar o orçamento. Contudo, o FMI alertou contra essa ação, dizendo que isso poderia dificultar tanto os investimentos como a criação de novos empregos.
Em junho, o número de pessoas que procuram empregos na França atingiu um novo recorde de 3,28 milhões, marcando uma alta de 11,2% na comparação anual, e o 26; mês consecutivo de crescimento do desemprego.
[SAIBAMAIS]O FMI também alertou que a França deve terminar o ano em recessão, com o Produto Interno Bruto (PIB) se contraindo 0,2% em 2013, e previu um crescimento fraco de 0,8% no próximo ano.
"A consolidação fiscal continua muito substancial em 2013 e a produção deve se contrair levemente este ano e crescer moderadamente em 2014".
Além disso, o déficit público da França deve ficar em 3,9% do PIB em 2013, contrastando com a previsão do governo de 3,7%. Na semana passada, contudo, o ministro das Finanças, Pierre Moscovici indicou que o déficit deve aumentar.
O FMI parabenizou a França pela reforma do mercado de trabalho, que trouxe menores custos trabalhistas e maior segurança para os trabalhadores e abre o caminho para reformas mais amplas.
"É a maior reforma trabalhista desde os anos 80 e a negociação bem-sucedida marca uma melhora significativa nas relações do mercado".
Outro ponto de preocupação do FMI é a falta de competitividade, alertando que os altos salários estão prejudicando as empresas francesas, que, por sua vez, estão evitando reduzir os preços de seus produtos ou fazer investimentos.
"Em face de uma tendência de queda no crescimento da produtividade desde os anos 90, o crescimento real dos salários na França tem sido sustentado às custas de uma parte da renda indo para os rendimentos".
Na manhã desta segunda-feira, os dados da empresa de pesquisas Markit mostraram que a atividade comercial da França encolheu ainda mais em julho, mas no menor ritmo em 17 meses, a 49,1, em alta em relação aos 47,4 de junho.