Economia

Governo adia leilão do trem bala em um ano

Chefe dos Transportes afirmou que o objetivo do adiamento é elevar a competitividade da obra

Rosana Hessel
postado em 12/08/2013 18:05

O ministro dos Transportes, César Borges, e presidente da empresa de planejamento e logística EPL, Bernardo Figueiredo, anunciaram nesta segunda feira (12/8) o adiamento em, no mínimo, um ano do leilão do trem-bala. A concorrência para a operação do trem de alta velocidade ligando as cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Campinas (SP) estava prevista para o dia 19 de setembro.

;Verificamos que este certame só teria um participante. Como queremos uma licitação com o maior número de participantes possível, para que efetivamente nós tenhamos os melhores resultados. Havia interessados dizendo que iam participar, mas pediram adiamento. Fizemos isso para uma licitação com o maior número de participantes", disse Borges que manteve o prazo para o início da operação do trem bala que é 2020.

O chefe dos Transportes afirmou que o objetivo do adiamento é elevar a competitividade da obra. Ele informou que houve pedidos de fabricantes europeus para que tivessem mais prazo para compor o consórcio para a disputa da escolha da tecnologia e do operador que serão utilizados no trem bala brasileiro. Os espanhóis pediram 90 dias enquanto que os alemães 12 meses.



A decisão pelo adiamento foi tomada neste fim de semana pela presidente Dilma Rousseff em uma reunião com seu assessores técnicos.

O leilão do trem bala está sendo adiado desde 2010 e é uma das principais obras do governo Dilma. Com mais esse adiamento ela corre o risco de terminar seu mandato sem que o contrato dessa obra polêmica, de mais de R$ 35 bilhões, seja assinado.

A expectativa de Borges e Figueiredo é que as obras só comecem a partir de 2015, quando as licenças ambientais e o projeto executivo do empreendimento sejam concluídos.

"Esse adiamento é uma oportunidade de aperfeiçoamento, na verdade foram dois adiamentos e um leilão frustrado no modelo antigo, depois disso nos mudamos o modelo e esse é o primeiro adiamento ao modelo novo", declarou Figueiredo.

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