postado em 13/08/2013 06:01
Desde maio, o Banco Central despejou US$ 32,5 bilhões no mercado de câmbio para tentar segurar a alta do dólar, impulsionada pelo aumento do rombo nas contas externas e pela perspectiva de mudança na política monetária dos Estados Unidos. As massivas e frequentes intervenções do BC fizeram do Brasil o país que mais interfere nos negócios com moeda estrangeira, respondendo por nada menos do que 90% de todas as intervenções feitas por nações emergentes nessas operações. Apesar de toda essa pressão, a divisa não cedeu. Ontem, o dólar subiu mais 0,53% e terminou o dia cotado a R$ 2,286 para a venda.
[SAIBAMAIS]A elevação da moeda frente ao real, que já chega a 13% no ano, começa a pressionar os preços dos produtos que têm componentes importados, sobretudo os de higiene e de limpeza. Para especialistas, o impacto da alta do dólar no custo de vida tem aumentado e, neste ano, pode responder por até 10% do índice de inflação. Apesar de temer esse efeito, o governo conta com a queda dos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional) para que o choque não seja excessivamente pesado.
Oficialmente, o BC estima que o repasse da moeda norte-americana para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) esteja em 5%, ou seja, considerando apenas o aumento já verificado neste ano, a inflação subiria 0,65 ponto percentual em função do dólar. O mercado acredita que esse percentual pode variar de 7% a 10% ; o que daria um impacto entre 0,91 e 1,3 ponto no IPCA. ;Não existe um número fixo. Isso depende de uma série de fatores;, disse Elson Teles, economista do Itaú Unibanco.
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique .