Agência France-Presse
postado em 14/08/2013 15:28
BERLIM - A economia alemã cresceu mais que o esperado no segundo trimestre, 0,7%, o que volta a colocar a primeira economia europeia na posição de motor da zona do euro.
Este dado é uma boa notícia para a chanceler, Angela Merkel, a 39 dias de eleições legislativas nas quais espera obter um terceiro mandato.
É bom sinal para toda a Europa, se for perene, e mais ainda porque a França também anunciou um crescimento inesperado de 0,5% do PIB no mesmo período.
Este crescimento dos dois pesos pesados da moeda única se traduziu em uma alta de 0,3% do PIB da zona do euro no segundo trimestre, superior às projeções. Com esta cifra, publicada na quarta-feira pelo Eurostat, o bloco sai da recessão. A Alemanha registrou o maior crescimento nesta alta, comentaram os analistas do Dekabank.
No momento, o crescimento na Alemanha é o mais forte registrado no segundo trimestre entre os membros do G7, as sete economias mais desenvolvidas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Grã-Bretanha), observou Christian Schulz, do banco Berenberg. Para o analista, "a Alemanha volta a alcançar seu potencial".
O Ministério alemão da Economia confirmou sua previsão de crescimento em torno de 0,5% este ano e espera 1,6% em 2014. Com um crescimento nulo no primeiro trimestre, era esperada uma recuperação da conjuntura alemã para o segundo. Por fim, o crescimento foi maior que o projetado - as estimativas da maioria dos analistas giravam em torno de 0,5% e 0,6% -, o que se deve ao crescimento no primeiro trimestre ter sido menor que o previsto. O PIB estagnou entre janeiro e março, anunciou o Escritório Federal de Estatísticas, Destatis, revisando para baixo a cifra inicial de 0,1%.
[SAIBAMAIS]Contudo, além deste efeito de recuperação frente a um crescimento nulo no primeiro trimestre, "estruturalmente, a economia alemã está em boa posição", comentavam os especialistas do instituto DIW, destacando a boa saúde do mercado de trabalho e "uma clara tendência de alta desde fevereiro" na indústria, pilar da economia do país.
O investimento voltou
Os dados apresentados nesta quarta-feira "sugerem que a maior economia da união monetaria" deixou para trás definitivamente os problemas, comentou Annalisa Piazza, da Newedge.
Durante a primavera, o consumo interno sustentou a economia e, sobretudo, a alta dos investimentos das empresas. As preocupações sobre a zona do euro tinham freado o ardor dos empresários desde o começo de 2012 e no primeiro trimestre deste ano, o inverno frio e longo foi um obstáculo adicional.
Outra boa notícia: o comércio externo participou do crescimento. A recessão que afeta várias das grandes economias europeias não impediu que as exportações crescessem mais rápido que as importações, contra todas as projeções dos economistas.
Os índices de confiança na Alemanha também mostram sinais de recuperação. Tanto o Ifo, que mede a confiança dos empresários e que, em julho, marcou uma terceira alta consecutiva, como o termômetro ZEW da confiança dos investidores, que, na terça-feira, mostrou cifras superiores que o esperado.
"Os alemães têm todas as razões de ser otimistas sobre o futuro", comentou o ministro da Economia, Philipp R;sler.
Este dado é uma boa notícia para a chanceler, Angela Merkel, a 39 dias de eleições legislativas nas quais espera obter um terceiro mandato.
É bom sinal para toda a Europa, se for perene, e mais ainda porque a França também anunciou um crescimento inesperado de 0,5% do PIB no mesmo período.
Este crescimento dos dois pesos pesados da moeda única se traduziu em uma alta de 0,3% do PIB da zona do euro no segundo trimestre, superior às projeções. Com esta cifra, publicada na quarta-feira pelo Eurostat, o bloco sai da recessão. A Alemanha registrou o maior crescimento nesta alta, comentaram os analistas do Dekabank.
No momento, o crescimento na Alemanha é o mais forte registrado no segundo trimestre entre os membros do G7, as sete economias mais desenvolvidas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Grã-Bretanha), observou Christian Schulz, do banco Berenberg. Para o analista, "a Alemanha volta a alcançar seu potencial".
O Ministério alemão da Economia confirmou sua previsão de crescimento em torno de 0,5% este ano e espera 1,6% em 2014. Com um crescimento nulo no primeiro trimestre, era esperada uma recuperação da conjuntura alemã para o segundo. Por fim, o crescimento foi maior que o projetado - as estimativas da maioria dos analistas giravam em torno de 0,5% e 0,6% -, o que se deve ao crescimento no primeiro trimestre ter sido menor que o previsto. O PIB estagnou entre janeiro e março, anunciou o Escritório Federal de Estatísticas, Destatis, revisando para baixo a cifra inicial de 0,1%.
[SAIBAMAIS]Contudo, além deste efeito de recuperação frente a um crescimento nulo no primeiro trimestre, "estruturalmente, a economia alemã está em boa posição", comentavam os especialistas do instituto DIW, destacando a boa saúde do mercado de trabalho e "uma clara tendência de alta desde fevereiro" na indústria, pilar da economia do país.
O investimento voltou
Os dados apresentados nesta quarta-feira "sugerem que a maior economia da união monetaria" deixou para trás definitivamente os problemas, comentou Annalisa Piazza, da Newedge.
Durante a primavera, o consumo interno sustentou a economia e, sobretudo, a alta dos investimentos das empresas. As preocupações sobre a zona do euro tinham freado o ardor dos empresários desde o começo de 2012 e no primeiro trimestre deste ano, o inverno frio e longo foi um obstáculo adicional.
Outra boa notícia: o comércio externo participou do crescimento. A recessão que afeta várias das grandes economias europeias não impediu que as exportações crescessem mais rápido que as importações, contra todas as projeções dos economistas.
Os índices de confiança na Alemanha também mostram sinais de recuperação. Tanto o Ifo, que mede a confiança dos empresários e que, em julho, marcou uma terceira alta consecutiva, como o termômetro ZEW da confiança dos investidores, que, na terça-feira, mostrou cifras superiores que o esperado.
"Os alemães têm todas as razões de ser otimistas sobre o futuro", comentou o ministro da Economia, Philipp R;sler.