Economia

Wall Street fecha com forte queda: Dow Jones -1,46%, Nasdaq -1,72%

Segundo os resultados provisórios do fechamento, o índice Dow Jones Industrial Average caiu 224,40 pontos a 15.113,26 unidades e o tecnológico Nasdaq caiu 63,15 pontos a 3.606,12 unidades

Agência France-Presse
postado em 15/08/2013 18:08

NOVA YORK - Wall Street fechou com forte queda nesta quinta-feira depois de uma série de indicadores estimulantes relançarem as especulações sobre um endurecimento da política monetária no país, que se somaram às previsões decepcionantes do Wal-Mart e da Cisco: o Dow Jones caiu 1,46% e o Nasdaq, 1,72%.

Segundo os resultados provisórios do fechamento, o índice Dow Jones Industrial Average caiu 224,40 pontos a 15.113,26 unidades e o tecnológico Nasdaq caiu 63,15 pontos a 3.606,12 unidades. O índice ampliado Standard & Poor;s 500 (SP 500) caiu 1,43% (-24,07 pontos) a 1.661,32 unidades.

O ânimo dos investidores foi influenciado pelas decepcionantes previsões da Cisco e Wal-Mart, duas importantes ações da bolsa, destacou Michael James, da Wedbush Securities. As previsões da empresa de telecomunicações foram menores que o esperado e, além disso, a companhia anunciou 4.000 demissões.

Wal-Mart surpreendeu os investidores após anunciar um lucro decepcionante para o segundo trimestre, cortando, além disso, suas previsões para este ano. Os indicadores do dia foram díspares, mas o panorama geral da economia "continua sendo suficientemente sólido como para justificar" uma redução no curto prazo das medidas de estímulo do Federal Reserve, destacou James.

As medidas de estímulo tomadas pelo Federal Reserve desde o começo do ano impulsionaram os mercados de ações, que voltaram aos níveis anteriores à crise e continuaram com a tendência de alta marcando novos máximos históricos. O banco emissor compra, a cada mês, mais de 85 bilhões de dólares em títulos, aportando liquidez ao mercado.

O mercado dos títulos caiu devido aos temores de que o Fed diminua seu programa de estímulo, "o que assusta os investidores e contribuiu mais ainda a queda" dos índices de Wall Street, destacou Dan Greenhaus de BTIG. Há vários meses, os membros do Fed insinuam que a entidade pode começar a cortar suas compras de títulos antes do final do ano, inclusive em setembro, se o crescimento for considerado forte.

Nesse sentido, os dados do emprego desempenham um papel crucial, já que o Fed desempenha um duplo mandato de manter a estabilidade dos preços (com um máximo permitido de 2% ao ano) e diminuir o desemprego. Os pedidos semanais de desemprego caíram a 320.000 na semana encerrada dia 10 de agosto, atingindo um mínimo em 6 anos, quando a previsão média dos analistas era de alta de 6.000, a 339.000.

Outros indicadores publicados durante o dia foram díspares.

A atividade industrial na região Nova York caiu em agosto, apesar de menos que o projetado pelos analistas, apesar de a Filadélfia ter se expandido, contudo, a um ritmo menor que o registrado em julho. A produção industrial nos Estados Unidos permaneceu estável em julho, enquanto os analistas esperavam alta de 0,4%, enquanto os preços ao consumidor subiram 0,2%, em sintonia com as previsões.

O mercado de títulos fechou em queda. O rendimento do título do Tesouro a 10 anos subiu a 2,755% contra 2,712% de quarta-feira e o do papel a 30 anos subiu a 3,792% contra 3,752%.

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