postado em 16/08/2013 08:47
Insensível às intervenções do Banco Central, o mercado se entusiasmou ontem um pouco mais com os sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos e fez o dólar subir pelo quarto dia consecutivo. Ao longo da sessão, a moeda norte-americana bateu em R$ 2,351, independentemente de a autoridade monetária ter despejado quase US$ 2 bilhões no mercado. No fim do pregão, com a entrada de recursos trazidos por exportadores, a divisa recuou a R$ 2,338 para venda. Mesmo assim, cravou alta de 0,58% e a maior cotação desde 11 de março de 2009. No acumulado do ano, o dólar já subiu 16,8%, tornando-se um tormento para o governo. Nas contas do presidente do BC, Alexandre Tombini, uma valorização de 20% da moeda significa um ponto percentual a mais no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ;um caminhão de inflação;, nas palavras dele.Integrantes da equipe econômica reconhecem que a capacidade do BC de conter a disparada dos preços da divisa dos EUA é limitada. Na verdade, o que a autoridade monetária vem fazendo desde o fim de maio, jogando mais de US$ 34 bilhões no mercado, é reduzir o nervosismo dos investidores e a volatilidade dos preços, que provocam muita insegurança nos agentes econômicos. Para tentar amenizar os estragos do dólar e manter a inflação sob controle, o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual no fim deste mês, dos atuais 8,50% para 9% ao ano, a despeito dos sinais de fragilidade da atividade produtiva.
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