Dois dos maiores bancos norte-americanos, o JP Morgan e o Citibank, reduziram as previsões de crescimento para o Brasil neste ano, provocando críticas por parte do governo. Num movimento considerado espantoso pelo mercado, os economistas do JP Morgan passaram a apostar em queda de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, depois de alardear que, no mesmo período, haveria avanço de 1,5%. Essa virada foi classificada pela instituição como ;um abismo; do PIB brasileiro.
Segundo os economistas Fábio Akira e Cassiana Fernandes, do JP Morgan, apesar de a atividade ter acelerado entre abril e junho, o que animou o Palácio do Planalto, os números de julho mostrarão a economia ;desabando;. No entender deles, o país está sendo vítima de uma grande onda de desconfiança entre os industriais e as famílias. Eles apontaram como fator negativo no mês passado a queda nos números das sondagens de confiança feitas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com empresários e consumidores, ;que estão claramente respondendo aos protestos nas ruas;. Mesmo considerando essa influência temporária, os economistas argumentaram que terão ;implicações de longo prazo na redução do nível de emprego;.
De acordo com o JP Morgan, apesar de todo o discurso positivo do governo, a recuperação da atividade nos próximos meses será moderada. Por isso, mantém a estimativa de crescimento para o ano em 2%, graças ao resultado melhor do segundo trimestre, considerado um ponto fora da curva. De qualquer forma, os economistas já avisaram que devem revisar, para baixo, a projeção de PIB para 2014, de 2,7% para 2,4%, na melhor das hipóteses.
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