postado em 28/08/2013 11:49
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (28/8) que o Brasil, com uma das maiores reservas de dólar do mundo, tem ;bala na agulha; para enfrentar o processo de desvalorização cambial que está em curso. Segundo ela, a alta da moeda norte-americana independe da política monetária do país e é fruto da ;globalização financeira;."Estamos dentro dos seis países com maior volume de reservas do mundo. É como se tivéssemos um colchão. Temos US$ 372 bilhões de dólares de reserva". disse Dilma nesta manhã a rádios de Belo Horizonte, onde esteve na terça-feira (27/8). "Temos bala na agulha para encarar esse processo que ocorre internacionalmente, que independe das decisões de política econômica, e é fruto dessa globalização financeira que impera do mundo."
A presidente disse que a intensa valorização recente do dólar é consequência da mudança de política do Fed (o Banco Central norte-americano), que colocou trilhões de dólares no mercado e decidiu reduzir a compra de títulos. ;Só isso provocou em todo o mundo uma violenta desvalorização cambial porque o título do tesouro americano, que é a aplicação mais segura do mundo, começou a ter aumento de juros. Então as pessoas começaram a apostar.;
Dilma disse que as reservas brasileiras permitem ao Brasil se proteger melhor dos impactos da valorização do dólar e sofrer menos do que outras economias. Segundo ela, o governo atua para evitar grandes variações. ;Nossa política é de dólar flexível. Nós não temos um dólar alvo. Entramos no mercado para atenuar essas flutuações, para não deixar que elas sejam abruptas ou criem qualquer processo de pânico.;
Durante a entrevista, a presidente defendeu a economia brasileira, dizendo que ela mantém o crescimento, com inflação em processo menos agressivo do que esteve recentemente. Ela elogiou também a situação do mercado de trabalho no país, com baixa taxa de desemprego e a situação fiscal sob controle, com dívida líquida em 34,5% do PIB. Além disso, a presidente ressaltou as concessões que serão feitas até o fim do ano para atrair investimentos privados em setores de infraestrutura, além da exploração de petróleo no Campo de Libra, uma das maiores do mundo. ;Tudo isso cria ambiente muito mais positivo para economia brasileira.;