postado em 28/08/2013 19:39
[VIDEO1]O Banco Central (BC) voltou a subir os juros básicos da economia, a chamada taxa Selic. Por decisão unânime, os diretores que integram o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiram elevar em 0,5 ponto percentual a taxa, que agora passa a ser de 9% ao ano. A elevação da taxa ocorre em meio à forte pressão que a inflação ainda exerce sobre a renda dos brasileiros.
Com a alta dos juros, voltará também a rentabilidade antiga da caderneta de poupança. A partir de amanhã, os depósitos feitos na caderneta deverão render pelo menos 0,5% ao mês.
Até então, sempre que os juros caíssem abaixo de 8,5% ao ano, a correção era definida por uma fórmula de contemplava o pagamento de 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Como essa taxa quase sempre fica zerada, a rentabilidade paga foi de, em média, 0,48% ao mês, durante a maior parte dos dias de julho e agosto.
Essa foi a quarta elevação consecutiva da Selic no ano. Desde abril, a taxa já subiu de 7,25% ao ano, o menor patamar histórico, para 9%. Ate o fim do ano, porém, a Selic deverá chegar em 10%, conforme prevê a curva de juros futuros.
Essa curva representa as negociações de bancos e fundos de investimento com contratos cujo parâmetro é o Depósito Interfinanceiro (DI), cuja taxa costuma acompanhar a Selic.
A aposta dos investidores é que o BC faça outras duas elevações na taxa, de 0,5 ponto cada, em outubro e novembro, nas duas últimas reuniões do ano do Copom.
Os investidores temem que a pressão da inflação continue alta, o que requer medidas drásticas por parte do BC.
Nos últimos três anos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou sempre acima do centro da meta perseguida pelo governo, de 4,5% ao ano.
Em 2013, não houve sequer um mês em que a inflação acumulada em 12 meses tenha ficado abaixo de 6% ao ano.
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