Economia

Reajuste no salário mínimo reflete baixo crescimento da economia do Brasil

Na média, durante o governo Dilma Rousseff, reajuste ficará abaixo dos registrados nas administrações de FHC e de Lula

Paulo Silva Pinto, Rosana Hessel
postado em 30/08/2013 06:04


Miriam Belchior e Guido Mantega admitem que o Orçamento do próximo ano terá de passar por ajustes em janeiro

Os trabalhadores que recebem o salário mínimo serão atingidos em cheio pelo baixo crescimento da economia no governo Dilma Rousseff. Segundo a proposta de Orçamento de 2014, encaminhada ontem pelo Ministério do Planejamento ao Congresso Nacional, o reajuste do rendimento básico no país será de apenas 6,6%, o menor desde 1999. O valor a ser pago a partir de janeiro próximo foi fixado em R$ 722,90, com impacto de R$ 29,2 bilhões no caixa da Previdência Social.



[SAIBAMAIS]Diante dessa correção, o mínimo terá, na atual administração, aumento médio anual de 9,1%, inferior aos ganhos observados nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (17,6% e 11,5%) e nos dois períodos de Lula (14,1% e 9,9%). O salário-base é corrigido pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes (no caso, 2012, quando houve crescimento de apenas 0,9%) e da inflação do exercício anterior (2013), projetada pelo Ministério da Fazenda em 5,72%, inferior aos 6,1% estimados pelo mercado. Ou seja, é possível que o mínimo tenha perda real em 2014, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o índice oficial do custo de vida.

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