Economia

Brasil pode enfrentar dificuldades do mercado financeiro internacional

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, as dificuldades do mercado financeiro internacional têm se traduzido na volatilidade do câmbio e no receio de queda nos investimentos estrangeiros no Brasil

postado em 03/09/2013 13:52
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, reiterou nesta terça-feira (3/9) que o governo federal está preparado para enfrentar as dificuldades do mercado financeiro internacional, que, entre outros pontos, têm se traduzido na volatilidade do câmbio e no receio de queda nos investimentos estrangeiros no Brasil. Arno participa de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para debater a política fiscal e o financiamento de estados e municípios. Um exemplo é ;a dívida externa, que caiu bastante;, segundo ele. ;Hoje somos credores. Temos reservas maiores do que o valor da dívida. Temos mais de US$ 370 bilhões em reservas;, completou.

[SAIBAMAIS]Arno apresentou ainda os últimos números da economia brasileira, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). ;Esse resultado da economia brasileira representa o esforço e uma série de políticas adotadas pelo governo. Esforço para prover recursos de infraestrutura.; Sobre as despesas do governo federal, Augustin defendeu que o déficit das contas públicas está em ;franca queda;. Para ele, essa é uma tendência, não só da Previdência Social, mas dos gastos com pessoal, que, está em equilíbrio.



;Temos dado reajustes, contratado servidores, mesmo assim a tendência é de queda. Dívida líquida caiu de mais de 60% para 31,4%. As reservas estão em patamares positivos, mesmo em uma situação de volatilidade internacional. Nossa dívida líquida bruta está equilibrada, com melhoria fiscal;, disse. Para o secretário, esses são fundamentos econômicos que dão confiança a investidores internos e externos. Outro dado considerado importante por Arno Agustin é a redução da dívida líquida dos estados. Segundo ele, os números têm melhorado significativamente. Pelos números apresentados, a dívida do setor que era de 17,5% do PIB, em 2002, passou para 9,9%. No caso dos municípios, a redução no período passou de 2,4% para 1,8%. ;Não é tão forte, mas é significativa à medida que o endividamento é baixo;, avaliou.

Sobre a posição do governo federal de se empenhar para avalizar os empréstimos externos de estados e municípios, Arno lembrou que o objetivo maior é permitir que, com a garantia, haja redução maior das taxas de juros e, assim, sobrar recursos para os investimentos. ;Esse é o motivo principal que damos garantias aos entes federados. São financiamento de médio e longo prazo e, quanto menor a taxa, melhor a capacidade de investimento para estados e municípios;, disse. De forma geral, Arno Agustin, disse que os patamares de juros para investimentos têm sido bem menores do que há tempos e que isso é um fator significativo para a economia brasileira.

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