Economia

Paraguai deve aproveitar conjuntura econômica do Brasil e da Argentina

O economista Michael Porter disse que conjuntura econômica dos dois países deve atrair investimentos de empresas estrangeiras

Agência France-Presse
postado em 05/09/2013 18:19
Assunção - O Paraguai pode aproveitar a complicada conjuntura econômica do Brasil e da Argentina, para atrair investimentos de empresas estrangeiras, disse o economista Michael Porter, em coletiva com centenas de empresários nesta quinta-feira (5/9).

"Se no Brasil tudo está complicado e na Argentina também, isso é muito positivo para o Paraguai, mas só se o Paraguai não tornar isso complicado", afirmou Porter em tom irônico.

O professor da Escola de Negócios de Harvard e presidente do Instituto para a Estratégia e Competitividade se reuniu na manhã desta quinta-feira com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, e sua equipe econômica e depois almoçou com líderes empresariais.

Porter fez uma conferência sobre o tema "Estratégias de desenvolvimento no Século XXI: o imperativo do progresso social e crescimento competitivo", no auditório do Banco Central paraguaio.



O guru das oportunidades de negócios disse conhecer a situação macroeconômica e política do Paraguai e sua posição geopolítica entre os dois grandes países da América do Sul e que se facilitar o ambiente para os negócios, poderia se transformar muito cedo em uma ponte dinâmica entre eles.

"A Suíça está entre as potências europeias e criou um epicentro entre eles, um hub. O Paraguai tem que criar um ambiente para facilitar os negócios, para que as empresas (descontentes) dos países vizinhos venham se estabelecer aqui", explicou.

"Tem que construir um lugar de fácil acesso para as empresas, que proteja seus investimentos, com regras claras. O Paraguai tem que aproveitar esta conjuntura", lembrou o especialista, recomendando aumentar as receitas e impulsionar o progresso social.

"Não necessariamente o governo que mais investe em gastos sociais (subsídios) eleva o nível social. As vezes, ainda prejudica mais o progresso social. Os gastos (com os mais pobres) não definem o sucesso, disse, comparando Brasil e Chile, afirmando que este último investe menos em subsídios e tem uma porcentagem muito menor de pobres.

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