Economia

Para sustentar o consumo, governo eleva endividamento para quase 68% do PIB

Dados do FMI mostram que, nos últimos cinco anos, o endividamento bruto passou de 63,5% para 67,2% do Produto Interno Bruto

Rosana Hessel
postado em 10/09/2013 09:24
Maquiagem fiscal, conduzida por Arno Augustin, com o aval de Mantega, pode levar o Brasil ao rebaixamento

A estratégia do governo de estimular o consumo das famílias por meio do aumento do crédito, assim que o mundo ruiu com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, fez com que a dívida pública do Brasil desse um salto monumental. Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que, nos últimos cinco anos, o endividamento bruto passou de 63,5% para 67,2% do Produto Interno Bruto (PIB), nível superior ao registrado por vários países da Zona do Euro antes do estouro da bolha imobiliária dos Estados Unidos. A França, por exemplo, tinha, ao fim de 2007, um índice de 64,2%.

[SAIBAMAIS]O salto da dívida bruta brasileira foi estimulado, sobretudo, pela injeção de recursos, pelo Tesouro Nacional, nos bancos públicos. Apenas o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu mais de R$ 300 bilhões, criando, no entender do economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um orçamento paralelo, que ajudou a minar a confiança dos agentes econômicos no país.

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