postado em 12/09/2013 07:44
A crise chegou ao bolso do brasileiro. Depois de dois anos seguidos de baixo crescimento e de inflação elevada, os trabalhadores começam a pagar a fatura da desordem econômica. A oferta de empregos esfriou e o peso da frustração com o Produto Interno Bruto (PIB) recai, agora, sobre a renda das famílias, até então o sustentáculo do país. Cálculos do Bradesco mostram que o reajuste real médio dos salários em 2013 será de 2,5% ; o menor ganho em nove anos. A instituição projeta ainda uma desaceleração do consumo para 2,7%. No ano passado, essa taxa havia sido de 3,1%.Além de uma inflação persistente, o endividamento elevado das famílias e bancos mais seletivos na oferta de crédito são vistos como um quadro adverso que pode agravar as condições no país, que já enfrenta sérias dificuldades para encontrar uma taxa de expansão satisfatória. Não à toa, segundo os analistas, os ganhos dos trabalhadores e os empregos estão sendo afetados.
As empresas adiaram demissões o quanto foi possível, mas, com as margens de lucro estranguladas pela carestia e por uma economia aquém do ideal, o mercado de trabalho e a renda começam a esfriar. O sonho do pleno emprego, de acordo com os economistas, está ameaçado.
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