A desaceleração da economia ameaça o bem-estar do brasileiro. Segundo estudo do Itaú Unibanco, com a piora da atividade nos últimos dois anos, a sensação de contentamento da população cresceu a um ritmo menor em 2012 quando comparado a 2011. A instituição avalia que o país passou a gerar menos empregos, diminuiu a velocidade de expansão da renda, e não obteve avanços significativos em educação, saúde e segurança.
;Essa desaceleração do bem-estar levou às manifestações desse ano. O Brasil chamou a atenção para o fato de que não quer parar onde chegou;, observou Caio Megale, economista do Itaú Unibanco. ;Se esse bem-estar desacelerar e chegar em um nível de Dinamarca ou Suíça e parar, não tem problema. Mas no patamar que estamos se faz necessário muito mais avanço;, ponderou.
Para a instituição, o desafio é enfrentar os gargalos em infraestrutura, ampliar a qualidade da educação e buscar eficiência no setor público e privado. ;Mas sem deixar de lado dimensões cada vez mais importantes do bem-estar, como qualidade dos serviços públicos, preservação do meio ambiente e uso eficiente dos recursos naturais;, argumentou Megale.