O ministro dos Transportes, César Borges, desautorizou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) - responsável pelos leilões de concessão de rodovias federais - de responder diretamente as empresas interessadas em participar do leilão. Segundo César, o ministério é quem deve dar a resposta final às questões da fase de perguntas e respostas do leilão.
A decisão foi anunciada nesta terça-feira (19/7), após a ANTT dar uma resposta errada a uma das empresas interessadas na concessão da BR-262. A agência havia informado que no caso do Departamento de Infraestrutura de Transporte (DNIT) não estar com as obras dentro do prazo, não haveria novo cálculo de equilíbrio econômico financeiro. Segundo César, o edital de concessão prevê uma reanálise.
César Borges informou ainda que caso o Dnit não cumpra com os prazos estabelecidos, o ministério conversará com o órgão. Até lá, o Ministério dos Transportes é quem deve dar a última palavra.
Fracasso em leilão
A à presença do Estado é tamanha que, mesmo ofertas aparentemente irrecusáveis, como a execução de parte dos projetos por órgãos públicos, são vistas com desconfiança. As críticas ao modelo de privatização já provocam no Executivo o temor de que fracassos como o da licitação de um trecho da BR-262, entre Minas Gerais e Espírito Santo, para a qual nenhum interessado se apresentou, possam se repetir e contaminar todo o processo. Por isso, o Planalto montou um gabinete extraoficial de crise, chefiado pelo ministro César Borges, que vai trabalhar em contato direto com a presidente Dilma Rousseff para tentar garantir o sucesso dos próximos leilões.
Com informações de Paulo Silva Pinto