Economia

Bancários de São Paulo aderem à greve nacional da categoria

Levantamento do número de agências paradas só deve ser divulgado no final da tarde pelo sindicato da categoria que representa além da capital paulista

postado em 19/09/2013 15:27

Embora muitas agências, principalmente, da região central tenham exibido as faixas com os dizeres Estamos em Greve, os clientes conseguiam ser atendidos por meio de operações feitas nos terminais eletrônicos

São Paulo - Em adesão à greve nacional dos bancários, iniciada nesta terça-feira (19/9) por tempo indeterminado, os trabalhadores de várias agências da região central e de alguns bairros da capital paulista cruzaram os braços.O levantamento do número de agências paradas só deve ser divulgado no final da tarde pelo sindicato da categoria que representa além da capital paulista, o município de Osasco e região, somando 16 cidades, onde concentram-se 140 mil do total de 500 mil bancários do país. Em todo o estado de São Paulo existem em torno de 200 mil bancários.

Embora muitas agências, principalmente, da região central tenham exibido as faixas com os dizeres Estamos em Greve, os clientes conseguiam ser atendidos por meio de operações feitas nos terminais eletrônicos. Os bancários que têm data-base em setembro reivindicam 11,93% de reajuste salarial ante uma oferta patronal de 6,1%. Eles também querem aumento na Participação de Lucros e Resultados (PLR) e outras melhorias econômicas.

A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, informou que a taxa da PLR era de 12%, quando começou a ser distribuída, em 1995 e, hoje, caiu para 7%. Ela criticou a diferença salarial entre os trabalhadores, informando que enquanto há executivos ganhando mais de R$ 7 milhões por ano, o piso salarial está em R$ 1.519,00, valor abaixo do pleiteado que é de R$ 2,8 mil, com base no cálculo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como o mínimo necessário para uma família composta de quatro pessoas.

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;A gente reivindica também aumento do auxílio-creche, do vale-refeição e, principalmente, a melhoria das condições de trabalho. Há uma sobrecarga por causa da eliminação de postos de trabalho. Outro problema são as metas impostas aos bancários, que são obrigados a vender seguros, cartão de crédito, entre outros produtos, como financiamento, e eles são muito cobrados por isso;, disse a líder sindical. Ela acrescentou que essa situação gera muitos afastamentos do trabalho por doença.

[SAIBAMAIS]Os rumos da greve serão avaliados em assembleia dos bancários marcada para as 17h da próxima segunda-feira (23). No dia seguinte, haverá uma concentração no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) seguida de passeata na avenida Paulista.

Por meio de nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) argumentou que tem mantido um canal de diálogo aberto para a negociação com a categoria, mas que,;nos últimos anos, tem sido recorrente que as lideranças sindicais tenham um calendário próprio para deflagração de greve, independente dos espaços de negociação;.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orienta à população que precisa pagar contas a recorrer aos canais de transações financeiras como Internet, o banco por telefone, o aplicativo do banco no celular, além dos caixas eletrônicos e rede 24 horas, que ficam disponíveis em supermercados, aeroportos, shoppings, lojas comerciais e centros comerciais e também dos correspondentes, que estão espalhados por todo o Brasil.

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