Economia

Dólar mais fraco libera aumento do preço na gasolina

Dilma já consultou o ministro da Fazenda e o presidente do BC para bater o martelo sobre reajuste pedido pela Petrobras. Economistas dizem que recuperação do real ante a moeda norte-americana reduz a pressão sobre o custo de vida. Para consumidores, alta deve ficar entre 6% e 8%

Paulo Silva Pinto
postado em 21/09/2013 07:30
Governo deve anunciar correção nos valores dos combustíveis até meados de outubro. Impacto na inflação será de 0,2 ponto percentual
A recuperação do real ante o dólar ; a moeda brasileira subiu mais de 5% neste mês ; está sendo observada pelo governo como uma janela de oportunidade para reajustar os preços da gasolina, sem que a inflação estoure o teto da meta, de 6,5%. O aumento, que pode chegar a 10% nas refinarias e ser anunciado nas próximas semanas, ajudará a reforçar o caixa da Petrobras.

A correção já foi prometida pela presidente Dilma Rousseff à comandante da estatal, Graça Foster. ;O pedido da Petrobras está muito próximo de ser atendido. O momento ficou mais favorável ao governo, pois a inflação está bem comportada e se reduziu a pressão do dólar sobre os consumidores;, explicou um técnico da equipe econômica.

Segundo a economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour, o governo foi ajudado pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Como a instituição decidiu adiar as mudanças na política de incentivos à maior economia do planeta, o real começou a ganhar força perante o dólar. Assim, o risco de a moeda norte-americana atingir os R$ 2,70, como previram os especialistas, foi afastado e a tendência, por enquanto, é de o dólar se acomodar entre R$ 2,20 e R$ 2,25, diminuindo o impacto na inflação, que atormentava o BC brasileiro.

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