Economia

Brasileiro comprou R$ 23,8 bilhões em produtos piratas em 2012, diz FNCP

De acordo com o presidente do FNCP, Edson Luiz Vismona, "o Brasil está sendo saqueado"

Marina Rigueira - Estado de Minas
postado em 23/09/2013 19:25
O brasileiro comprou R$ 23,8 bilhões em produtos ;piratas; em 2012, segundo levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). São perfumes, óculos, brinquedos, cigarros e softwares falsificados, pirateados ou contrabandeados que entraram no país e chegaram à casa do consumidor por caminhos ilegais.

De acordo com o presidente do FNCP, Edson Luiz Vismona, ;o Brasil está sendo saqueado;. Vismona informou que dos 11 setores listados pelo Fórum, o que mais sofreu com a pirataria foi o de softwares. Em 2012, o mercado legal movimentou R$ 2,52 bilhões. No mesmo período, a venda de programas ilegais foi de R$ 2,84 bilhões ; 112,7% em relação ao mercado legal.

Outro setor que chama a atenção é o de perfumes. No ano passado, o mercado vendeu R$ 2,51 bilhões de frascos. A venda de perfumes ;piratas; no mesmo período foi de R$ 2,45 bilhões ; 97,5% do mercado legal.



O cálculo da pirataria é feito de diversas maneiras, de acordo com cada setor. O de pilhas, por exemplo, avalia o produto no descarte. Neste caso, 30% das pilhas descartadas foram identificadas como ;piratas;.

Segundo o presidente do FNCP, São Paulo é o grande polo nacional da pirataria. ;De dezembro de 2010 a dezembro de 2012 foram apreendidos somente na capital paulista 78 milhões de produtos, com valor de mercado equivalente a R$ 2 bilhões. É o mesmo valor apreendido pela Receita Federal em todo o Brasil em 2012;, informou.

Crime organizado

Para Vismona, a venda de produtos piratas alimenta organizações criminosas que também atuam com lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, armas e pessoas, sonegação, corrupção, trabalho escravo e subemprego.

;Precisamos unir esforços no combate à pirataria, à falsificação e a todas as práticas comerciais ilícitas decorrentes dela, articulando ações efetivas entre o setor privado, o Estado e a sociedade;, disse o presidente do Fórum.

De acordo com o presidente do FNCP, Edson Luiz Vismona,

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