Simone Kafruni
postado em 26/09/2013 06:00
Os investidores estão em pânico com a ameaça concreta de os Estados Unidos decretarem calote. O Brasil tem quase 70% das suas reservas internacionais, o equivalente a US$ 256,4 bilhões em julho, aplicados em títulos do Tesouro norte-americano e é o terceiro maior credor individual daquele país, atrás apenas de China e Japão. Ontem, o secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew, alertou ao Congresso que a maior economia do mundo esgotará a capacidade de empréstimo até 17 de outubro, data em que aquele país terá apenas US$ 30 bilhões em caixa para cumprir todos os seus compromissos.
[SAIBAMAIS]A escassez de recursos pressiona os parlamentares a elevarem o teto da dívida norte-americana, de US$ 16,7 trilhões, em um momento em que o Congresso se esforça para aprovar um projeto que permita os financiamentos da administração de Barack Obama além de 1; de outubro, quando começa o novo ano fiscal. ;Se o governo acabar se tornando incapaz de pagar todas as suas contas, os resultados podem ser catastróficos;, disse Lew em carta enviada aos líderes do Legislativo.
Depois que as atenções do mundo se desviaram do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, que surpreendeu investidores ao adiar o fim do programa de estímulos que injeta US$ 85 bilhões na economia dos EUA todos os meses, o futuro do teto da dívida se tornou o centro das preocupações. Um calote pode iniciar uma nova crise mundial, ainda maior do que a de 2008, quando houve o estouro da bolha imobiliária naquele país. Apesar disso, democratas e republicanos seguem divididos sobre como ampliar a capacidade de endividamento do Tesouro.
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