Economia

Passa de 10,6 mil número de agências bancárias fechadas no país

Balanço foi divulgado pela Contraf depois de pouco mais de uma semana da greve nacional dos bancários

postado em 28/09/2013 12:46
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgou balanço que mostra que em pouco mais de uma semana da greve nacional dos bancários foram fechados 10.633 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal, até a última sexta-feira (27/9).

A confederação reclama que há um silêncio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que ;se recusa a apresentar proposta com aumento real de salário, valorização do piso, melhoria da participação nos lucros e resultados;, além de não fazer novas contratações, para diminuir a rotatividade e acabar com as terceirizações.

Os bancários enviaram ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, carta rejeitando o reajuste de 6,1%, apresentado no dia 5 de setembro, e apresentando a disposição para negociar uma proposta que atenda às reivindicações econômicas e sociais dos bancários.



A categoria também informou que as últimas declarações da Fenaban de que ;os bancários não precisam de aumento real e precisam apenas manter os seus direitos em um momento em que os bancos estão tendo recorde de lucros provocou ainda mais a indignação; da categoria.

Entre as principais reivindicações, estão o reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), piso salarial de R$ 2.860,21, auxílios-alimentação, refeição e creche de R$ 678 ao mês, melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas. Eles pedem ainda o fim das demissões e combate às terceirizações, entre outros pontos.

[SAIBAMAIS]A Fenaban informa que ao longo de 20 anos a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do setor bancário evoluiu de forma significativa, resultando numa valorização constante do processo de negociação, que a diferencia e a torna única em relação a outras categorias profissionais.

Em relação às questões econômicas, a Fenaban diz que apresentou às lideranças sindicais dos bancários proposta global contendo reajuste salarial de 6,1%, que corrigirá salários, pisos e benefícios. Será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 6,1%.

Segundo a federação o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos 7 anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 42%. Pela proposta, o piso salarial para bancários, informou a Fenaban, que exercem a função de caixa, passará para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas.

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