Agência France-Presse
postado em 30/09/2013 18:59
Madri - A dívida pública espanhola atingirá 100% do PIB no próximo ano, acima das previsões anteriores, apesar de um orçamento 2014, apresentado nesta segunda-feira (30/9) ao parlamento, ainda ser marcado pela austeridade.
A dívida espanhola de 40,2% no momento do estouro da bolha imobiliária em 2008 não deixou de crescer desde então, passando de um nível relativamente baixo ainda em 2011 (68,5% do PIB) a 85,9% no final de 2012 e a 92,2% no final de junho de 2013, enquanto o orçamento anterior do governo previa uma dívida de 90,5% para o final de 2013.
O governo espera agora uma dívida de 94,2% do PIB este ano e de 99,8% no final de 2014, enquanto prevê uma necessidade bruta de financiamento de 243,888 bilhões de euros para 2014 frente aos 207,173 em 2013, ou seja, alta de 17,7%. Em termos fiscais, os juros da dívida devem alcançar os 36,59 bilhões de euros, ou seja, 3,49% do PIB.
A Espanha, que teve que recorrer a um resgate para seus bancos em 2012, se beneficiou de uma queda de seu custo de financiamento após a intervenção do Banco Central Europeu que comprou dívida dos países europeus em dificuldades.
[SAIBAMAIS]O custo médio da dívida do Estado passou de 3,90% em 2012 a 3,77% nos primeiros seis meses de 2013. Este ano "é o último de recessão econômica", reiterou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, ao entregar os orçamentos de 2014 na Câmara dos Deputados.
O governo espanhol aprovou na sexta-feira este orçamento com base na recuperação econômica, embora sem abandonar o caminho da austeridade.
A quarta economia da zona do euro deve sair de seus dois anos de recessão no terceiro trimestre deste ano, com crescimento previsto de entre 0,1 e 0,2%, e prevê um crescimento de 0,7% em 2014, frente a 0,5% previsto anteriormente, embora o PIB deva cair 1,3% este ano.
Contudo, a austeridade continua sendo a norma e parece começar a dar seus frutos, segundo Montoro, que acredita que o governo poderá reduzir seu déficit público a 6,5% do PIB em 2013 e 5,8% em 2014.
A receita continua sendo amarga socialmente, com uma economia prevista de 150 bilhões de euros entre 2012 e 2014, especialmente para os 2,6 milhões de funcionários que verão seus salários serem congelados pelo quarto ano consecutivo.
Os mais de 9 milhões de aposentados espanhóis também serão afetados pela aposta na austeridade, com uma reforma que desvincula suas aposentadorias da inflação. As pensões aumentarão 0,25% em 2014 frente a uma inflação de mais de 2% em média desde o começo do ano. Esta decisão foi muito criticada pelos sindicatos.
A indexação à inflação era "a única forma" de manter a capacidade de compra dos aposentados, lembrou o sindicato UGT, que calculou que "nos próximos 10 anos, com estimativas prudentes, a reforma do governo fará com que os aposentados percam entre 20% e 28% de seu poder aquisitivo"
O governo garante, ao contrário, que seu novo método de cálculo, segundo uma fórmula complexa que inclui um "fator de sustentabilidade" do sistema, garante mais poder aquisitivo.
A dívida espanhola de 40,2% no momento do estouro da bolha imobiliária em 2008 não deixou de crescer desde então, passando de um nível relativamente baixo ainda em 2011 (68,5% do PIB) a 85,9% no final de 2012 e a 92,2% no final de junho de 2013, enquanto o orçamento anterior do governo previa uma dívida de 90,5% para o final de 2013.
O governo espera agora uma dívida de 94,2% do PIB este ano e de 99,8% no final de 2014, enquanto prevê uma necessidade bruta de financiamento de 243,888 bilhões de euros para 2014 frente aos 207,173 em 2013, ou seja, alta de 17,7%. Em termos fiscais, os juros da dívida devem alcançar os 36,59 bilhões de euros, ou seja, 3,49% do PIB.
A Espanha, que teve que recorrer a um resgate para seus bancos em 2012, se beneficiou de uma queda de seu custo de financiamento após a intervenção do Banco Central Europeu que comprou dívida dos países europeus em dificuldades.
[SAIBAMAIS]O custo médio da dívida do Estado passou de 3,90% em 2012 a 3,77% nos primeiros seis meses de 2013. Este ano "é o último de recessão econômica", reiterou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, ao entregar os orçamentos de 2014 na Câmara dos Deputados.
O governo espanhol aprovou na sexta-feira este orçamento com base na recuperação econômica, embora sem abandonar o caminho da austeridade.
A quarta economia da zona do euro deve sair de seus dois anos de recessão no terceiro trimestre deste ano, com crescimento previsto de entre 0,1 e 0,2%, e prevê um crescimento de 0,7% em 2014, frente a 0,5% previsto anteriormente, embora o PIB deva cair 1,3% este ano.
Contudo, a austeridade continua sendo a norma e parece começar a dar seus frutos, segundo Montoro, que acredita que o governo poderá reduzir seu déficit público a 6,5% do PIB em 2013 e 5,8% em 2014.
A receita continua sendo amarga socialmente, com uma economia prevista de 150 bilhões de euros entre 2012 e 2014, especialmente para os 2,6 milhões de funcionários que verão seus salários serem congelados pelo quarto ano consecutivo.
Os mais de 9 milhões de aposentados espanhóis também serão afetados pela aposta na austeridade, com uma reforma que desvincula suas aposentadorias da inflação. As pensões aumentarão 0,25% em 2014 frente a uma inflação de mais de 2% em média desde o começo do ano. Esta decisão foi muito criticada pelos sindicatos.
A indexação à inflação era "a única forma" de manter a capacidade de compra dos aposentados, lembrou o sindicato UGT, que calculou que "nos próximos 10 anos, com estimativas prudentes, a reforma do governo fará com que os aposentados percam entre 20% e 28% de seu poder aquisitivo"
O governo garante, ao contrário, que seu novo método de cálculo, segundo uma fórmula complexa que inclui um "fator de sustentabilidade" do sistema, garante mais poder aquisitivo.