Jornal Correio Braziliense

Economia

Estados Unidos enfrentam mais um dia de serviços públicos fechados

Pelo segundo dia, milhares de funcionários federais continuarão de licença sem salário e os turistas encontrarão os museu e monumentos da capital fechados

Washington - A paralisação dos serviços do governo federal dos Estados Unidos provocaram a primeira consequência internacional, com o cancelamento de parte de uma viagem do presidente Barack Obama pela Ásia. Obama cancelou as escalas na Malásia e nas Filipinas da viagem que iniciará no sábado (5/10), e deixou em aberto a possibilidade de também anular suas visitas à Indonésia e Brunei, onde deveria participar de reuniões internacionais.



O nível de confiança dos republicanos do Congresso caiu a 17%, segundo a pesquisa, enquanto o apoio aos democratas alcança 32%. Obama também não fica bem na pesquisa, pois 49% dos entrevistados têm uma opinião negativa de sua gestão da crise, contra 44% que o aprovam. A licença sem vencimentos dada aos funcionários públicos também afeta a Casa Branca, que ficou com um mínimo necessário de pessoal para poder funcionar.

Turistas perplexos não puderam entrar nos museus e monumentos em Washington, enquanto que, em Nova York, a Estátua da Libredade também fechou suas portas. E apesar de as forças armadas e patrulha de fronteira continuarem operando com normalidade, o Pentágono dará licença à metade de seus 800 mil funcionários civis.


Os republicanos da Câmara de Representantes tentaram, sem sucesso, aprovar na terça-feira medidas parciais, como a reabertura de parques, museus e monumentos nacionais, o departamento dedicado aos veteranos de guerra e as operações para financiar o funcionamento da capital federal, que não tem orçamento autônomo. "Estas propostas mostram a total falta de seriedade dos republicanos", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

"Eles não nos forçarão a ter de escolher entre os parques e a pesquisa sobre câncer ou o FBI", ressaltou o líder do Senado, Harry Reid. Obama também advertiu que o fechamento do governo terá consequências desastrosas para a ainda frágil recuperação econômica americana, um ponto que o presidente tentará enfatizar em uma reunião com empresários e líderes de Wall Street nesta quarta-feira (2) na Casa Branca.