Economia

Venda de imóveis novos em SP registra alta de 45,8% de janeiro a agosto

Agosto deste ano registrou o terceiro maior volume de vendas (3.464) na comparação com o mesmo mês na série histórica da pesquisa

postado em 02/10/2013 15:00
São Paulo ; As vendas de imóveis novos registraram alta de 45,8% em São Paulo de janeiro a agosto, ante o mesmo período de 2012. Segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (2/10) pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP), foram comercializadas no período 22.638 unidades contra 15.530 em igual período do ano passado. O destaque, de acordo com a entidade, são os imóveis de dois dormitórios, responsáveis por 44,4% das unidades vendidas (10.048).

Agosto deste ano registrou o terceiro maior volume de vendas (3.464) na comparação com o mesmo mês na série histórica da pesquisa, que teve sua metodologia modificada em janeiro de 2004. Em agosto de 2008 e de 2009, foram comercializadas 4.146 e 3.578 unidades, respectivamente.

No oitavo mês deste ano, foram vendidos 3.464 imóveis, o que representa um aumento de 86,2% ante agosto de 2012, e de 106,9% em relação a julho de 2013. Segundo o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi, Emilio Kallas, em ;julho, por ser mês de férias, as empresas acabam lançando menos, e os compradores compram menos, por qualquer razão ou porque tem férias escolares, ou porque o pessoal entende que começa o segundo semestre mesmo a partir de agosto;. ;Então, essa comparação não é tão definitiva;, avalia Kallas.



De acordo com o vice-presidente, entretanto, as vendas em 2013 surpreendem. ;Isso é extraordinário, e mostra uma série de coisas. Uma delas é que a demanda por habitação em São Paulo é enorme. Temos que prover o mercado de em torno de 33 mil unidades por ano, e neste já vendemos mais de 22.600 unidades. Então, realmente, está surpreendendo; disse.

Sobre a medida que amplia o teto do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para R$ 750 mil em novos financiamentos em São Paulo, Kallas se mostra satisfeito, e acredita que será favorável aos compradores. ;[O reajuste no teto do FGTS] já se fazia necessário há muito tempo, porque R$ 500 mil estão defasados em relação aos preços atuais dos imóveis. Isso vai influenciar na parte de compras, porque o comprador vai ter um mecanismo um pouco melhor, mas o preço dos imóveis, aqui em São Paulo, vai ser muito pouco influenciado por isso;, avalia.

Emilio Kallas ainda se mostrou otimista em relação à perspectiva de vendas até dezembro. Se em 2012 cerca de 27 mil imóveis foram negociados, para este ano a expectativa do setor gira em torno de 31 mil unidades.

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