Economia

Paralisia do governo federal dos EUA ameaça pacientes que sofrem de câncer

Mais de 70% dos funcionários do NIH, que administra o maior hospital do mundo, foi colocado em licença sem vencimentos por tempo indeterminado

Agência France-Presse
postado em 02/10/2013 15:57
Washington - A paralisia do governo federal dos Estados Unidos pode bloquear o acesso ao tratamento médico de centenas de pacientes que sofrem de câncer, incluindo crianças, indicou um porta-voz do Instituto Nacional da Saúde à AFP.

Mais de 70% dos funcionários do NIH, que administra o maior hospital do mundo, foi colocado em licença sem vencimentos por tempo indeterminado.

Embora o Centro Clínico do NIH continue a tratar os pacientes, está operando com "cerca de 90% da carga normal de pacientes", segundo uma nota do organismo.

"O NIH não aceitará novos pacientes nem abrirá novos protocolos" durante o período de paralisia, informou. Isso significa que cerca de 200 pacientes não poderão iniciar o tratamento para o câncer a cada semana, incluindo 30 crianças, de acordo com um porta-voz.



[SAIBAMAIS]Atualmente, existem 1.400 testes clínicos em andamento no NIH, e quatro novos deverão ser adiados até que o governo retome os trabalhos, relatou.

"Só para que fique claro, não estamos rejeitando permanentemente os pacientes, estamos atrasando a sua admissão, já que não aceitaremos novos pacientes neste momento", esclareceu o porta-voz John Burklow em um e-mail.

O NIH precisou dar férias forçadas a 14.700 de seus funcionários, segundo a nota. O Centro Clínico recebe pacientes "somente quando o tratamento médico padrão falha, e quando não há opções de tratamento disponíveis. Como resultado, eles não têm outras alternativas", ressalta a nota.

Na ausência de um acordo sobre o projeto de orçamento entre o presidente Barack Obama e a oposição republicana, que é maioria na Câmara dos Representantes, os serviços federais foram parcialmente paralisados.

Cerca de 800.000 funcionários considerados não essenciais saíram de licença sem receber seus salários. Do setor de defesa ao ensino, todas as administrações reduziram seus efetivos ao mínimo.

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