Economia

Calote dos Estados Unidos levará mundo para a recessão econômica

Tesouro norte-americano alerta que veto ao aumento do teto da dívida do país provocará estragos piores que os da crise de 2008. Paralisia do governo chega ao terceiro dia e Obama pede que Partido Republicano "pare com a farsa" e vote o orçamento

postado em 04/10/2013 06:00
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, subiu ontem o tom dos ataques aos líderes do Partido Republicano, aos quais acusa de serem os principais responsáveis pela paralisia que há três dias afeta a maior economia do mundo. Ele instou os parlamentares comandados pelo presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, a ;pararem com a farsa; e votarem um orçamento temporário que permita ao governo retomar o controle de serviços públicos que foram afetados pela falta de recursos federais, como escolas, hospitais, parques e até a segurança nacional. Mais de 2 milhões de servidores foram mandados para casa, por falta de pagamento.

;Minha mensagem é simples: marquem a votação;, disparou Obama, citando diretamente o líder republicano na Câmara. ;Se Boehner colocar o projeto de financiamento do governo em votação, a paralisia pode acabar;, ponderou. A recusa da oposição em votar o orçamento é uma estratégia para forçar o presidente norte-americano a suspender a reforma do sistema de saúde, o Obamacare, que atende quase 20% da população do país, que não pode pagar convênios médicos.

Diante do impasse, o governo ficou sem recursos para custear até despesas simples, como a manutenção de parques públicos e atrações turísticas. Mas esse pode ser o menor dos problemas se, até 17 de outubro, o Congresso não aprovar o aumento do teto de endividamento público, de US$ 16,7 trilhões. Sem um acordo para ampliação desse limite, o Tesouro norte-americano terá de decretar calote, algo que jamais ocorreu nos Estados Unidos.

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