Economia

Default provocaria graves prejuízos a longo prazo, adverte a Casa Branca

O Departamento do Tesouro avalia que, em 17 de outubro, já terá esgotado o leque de medidas paliativas caso não seja votado no Congresso o aumento do teto da dívida

Agência France-Presse
postado em 07/10/2013 12:57
Washington - A Casa Branca advertiu nesta segunda-feira (7/10) que um eventual default da dívida dos Estados Unidos provocaria um ;cenário terrível;, com consequências de longo prazo, no sétimo dia de paralisia parcial do Estado. O Departamento do Tesouro avalia que, em 17 de outubro, já terá esgotado o leque de medidas paliativas caso não seja votado no Congresso o aumento do teto da dívida.

No domingo (6/10), o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, descartou que seus companheiros de bancada aprovem tal aumento sem concessões políticas do presidente democrata Barack Obama, particularmente no que diz respeito à reforma da saúde. "Muitos ficaram decepcionados com as declarações de Boehner", afirmou Gene Sperling, assessor de Obama, que considera inaceitável condicionar o tema da dívida ao da reforma do sistema de saúde.

"O presidente disse claramente que a época das ameaças de default deveria terminar. Se permitirmos que se instale um processo deste tipo serão provocados grandes danos a nossa democracia, a nossa economia, à confiança na confiabilidade dos Estados Unidos", disse Sperling durante um almoço organizado pelo site Politico.



Uma interrupção de pagamentos da dívida, algo sem precedentes na história dos Estados Unidos, poderia levar a principal economia mundial à recessão, com consequências mundiais, advertiu o Tesouro. Outro assessor econômico de Obama, Jason Furman, destacou que a única saída possível para a crise seria um aumento do teto da dívida, atualmente fixado em 16,7 trilhões de dólares. "Um default teria consequências tão terríveis que não quero sequer falar a respeito", disse.

A disputa sobre o teto da dívida acontece no momento em que o Estado federal está parcialmente paralisado desde 1; de outubro. O problema é provocado pela falta de acordo sobre a lei de orçamento entre republicanos, majoritários na Câmara de Representantes, e democratas, que controlam o Senado e a Casa Branca. Centenas de milhares de funcionários foram obrigados a tirar licença sem receber salário, o que não acontecia desde 1996.

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