Jornal Correio Braziliense

Economia

Grand Canyon e Estátua da Liberdade reabrem apesar da crise americana

Reabrirão as portas temporariamente, após um fechamento de 11 dias devido à suspensão parcial do financiamento dos serviços públicos no país



A paralisia dos serviços federais, incluindo mais de 400 atrações, significou a perda de US$ 152 milhões por dia em atividades turísticas, segundo a Associação de Agentes de Viagens. Nova York concordou em financiar o funcionamento da Estátua da Liberdade por seis dias - até 17 de outubro -, doando US$ 369,3 mil para mantê-la aberta aos visitantes. "Essa é uma solução prática e temporária que reduzirá o prejuízo para alguns negócios e comunidades nova-iorquinas durante o bloqueio", afirmou a secretária do Interior, Sally Jewell.

O Arizona também se ofereceu para financiar o Grand Canyon, que recebe a visita de milhões de turistas todos os anos. O parque volta a funcionar a partir deste sábado, por um período de sete dias, ao custo de US$ 651 mil para os cofres estaduais. "Esse acordo nos permite ganhar um pouco de tempo e recuperar alguma receita perdida no estado", disse a governadora do Arizona, Jan Brewer, em um comunicado.

O Parque Nacional das Montanhas Rochosas, no Colorado, receberá US$ 362,7 mil para funcionar por dez dias, enquanto parques e monumentos de Utah ficarão abertos por esse mesmo intervalo ao custo de US$ 1,666 milhão. Entre os parques reabertos, estão o Arches, Bryce Canyon e Canyonlands, disse à AFP um porta-voz do governador de Utah, Gary Herbert.

Já o estado da Califórnia, sede de Yosemite - um dos monumentos naturais mais espetaculares do país - anunciou que não pode se dar ao luxo de pagar por seus parques nacionais. "Embora nosso orçamento estadual esteja equilibrado, é um equilíbrio mínimo, com uma margem muito apertada", justificou o porta-voz do Departamento de Finanças da Califórnia, H.D. Palmer, em entrevista ao jornal local "San Francisco Chronicle".

Esses financiamentos estaduais são, por lei, considerados doações, e não empréstimos. Seria necessário que o Congresso promulgasse uma nova legislação para autorizar alguma forma de reembolso para os estados.