Agência France-Presse
postado em 12/10/2013 10:01
[SAIBAMAIS]"Os danos à reputação de tomador de empréstimos de reputação ilibada dos Estados Unidos só provocaria uma queda dos mercados. Seria mais caro para todos os americanos pegar empréstimos", ressaltou o presidente democrata, que enfrenta desde o início de outubro seus adversários políticos em negociações sobre o orçamento do Estado federal.
Por falta de votos sobre os gastos e receitas no Congresso, os Estados Unidos estão afundados desde o dia 1 de outubro em uma paralisia administrativa. Centenas de milhares de funcionários receberam a ordem de permanecer em suas casas, afetando todo o país. A esta crise se soma outra, o necessário aumento do teto legal da dívida, uma prerrogativa do poder legislativo. Após o dia 17 de outubro, a primeira economia mundial corre o risco de cair em um default, com repercussões mundiais em jogo, advertiu o governo.
Desde a tarde de quinta-feira, os republicanos, majoritários na Câmara de Representantes, começaram novamente a conversar com Obama com o objetivo declarado de adiar o vencimento do teto da dívida, situação que já provocou o alerta nos mercados. Mas a proposta republicana só menciona um prazo limitado de extensão, de seis semanas de tempo, para ter espaço suficiente para negociar sobre os temas que mais preocupam os conservadores, em especial os programas sociais.
Obama, que afirmou nas últimas semanas que não negociará com os conservadores sobre a extensão do prazo do teto da dívida nem sobre o orçamento, reafirmou sua posição neste sábado, ao classificar as consequências de um eventual default como "um novo imposto, um imposto republicano por descumprimento, sobre todas as famílias e empresas americanas".