postado em 13/10/2013 08:00
Nos últimos anos, o brasileiro saiu às compras. Estacionou carro zero na garagem, ampliou as polegadas da televisão, renovou os eletrodomésticos da cozinha e viajou de avião como nunca. Agora, passado o alvoroço desse consumo desenfreado estimulado pelo crédito farto, o ajuste no orçamento das famílias, quando possível, tem sido para alcançar um objetivo específico: investir no patrimônio, pensando no futuro, no conforto e na valorização do imóvel.
São justamente as reformas de casas e apartamentos que, em 2013, têm salvado o mercado de materiais de construção em todo o país. Com o forte freio nos lançamentos imobiliários desde o ano passado e as obras públicas avançando em ritmo bastante lento, o varejo foi quem segurou o faturamento das lojas de um segmento responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e pela criação de 11 milhões de empregos diretos e indiretos.
Em 2012, as reformas domésticas movimentaram R$ 80 bilhões. Este ano, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) espera aumento de 6% desse valor. O chamado ;consumo formiguinha; já responde por metade do total. ;O perfil das vendas no varejo deixa claro que as famílias despertaram para a valorização do patrimônio e, por isso, estão dando mais atenção à casa própria. É uma mudança cultural;, acredita o presidente da Abramat, Walter Couver.
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