Jornal Correio Braziliense

Economia

Crescimento dos EUA continuou entre 'modesto e moderado' em setembro, FED

Em relatório de conjuntura, o banco central aponta incerteza em empresas e nos negócios pela falta de acordo no Congresso para aumentar o limite legal de endividamento do país

A economia dos EUA continuou sua expansão em ritmo entre "modesto e moderado" em setembro, segundo o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central), publicado nesta quarta-feira (16/10). Neste relatório de conjuntura, o banco central também aponta uma "crescente incerteza" para as empresas e nos negócios pela falta de acordo no Congresso para aumentar o limite legal de endividamento do país e reabrir serviços públicos fechados desde 1; de outubro por falta de uma lei de orçamento.



Das 12 regiões do Federal Reserve, oito reportaram o mesmo nível de crescimento anterior, enquanto o crescimento caiu nas quatro outras regiões. O consumo das famílias continuou aumentando e os varejistas se mantêm otimistas para a temporada de Natal.

No setor imobiliário, a construção de casas cresceu mais que a não-residencial. Alguns corretores se mostraram preocupados com a alta das taxas de juros imobiliários, mas outros opinaram que, pelo contrário, isso favorece a atividade, pois os compradores se apressam a adquirir seu imóvel antes que as taxas subam ainda mais.

As vendas de automóveis se mantêm "fortes".

O crescimento do emprego continua sendo "modesto" e alguns empregadores destacaram "as incertezas em relação à aplicação da lei sobre o seguro de saúde, mas também em relação ao debate sobre o orçamento".

A pressão sobre os preços é "limitada". A maioria das regiões registrou apenas pequenas altas das matérias-primas. A pressão sobre os salários continua sendo modesta.

Este relatório abarca um período das seis semanas anteriores a 7 de outubro.

A duas semanas de uma próxima reunião do comitê de Política Monetária do Federal Reserve, nos dias 29 e 30 de outubro, o Livro Bege é um dos poucos documentos oficiais que presta contas do estado sobre a economia para este período.

Desde o fechamento parcial dos serviços administrativos federais no dia primeiro de outubro pela falta de uma lei de orçamento, quase todos os indicadores deixaram de ser publicados.