Economia

Brasiliense sonha com serviço público para "trabalhar menos e ganhar mais"

Duas em cada três pessoas empregadas na iniciativa privada se dizem cansadas

postado em 20/10/2013 08:00

A pedagoga Patrícia Alves e o marido, o policial militar Erickson Martines, estão em busca de postos no serviço público que lhes permitam

Nas salas lotadas dos cursinhos preparatórios, jovens que ainda nem concluíram o ensino médio ou acabaram de sair da faculdade devoram apostilas, decoram fórmulas, normas e leis ao lado de pais e mães de família com anos de experiência na iniciativa privada. Eles querem, a todo custo, a tal da estabilidade no emprego, acreditando que, por meio dela, terão uma vida considerada tranquila, com o direito de ;trabalhar menos e ganhar mais;.

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Pesquisa inédita do Instituto FSB, obtida com exclusividade pelo Correio, traduz em números um fenômeno próprio da capital do país, que influencia a economia local e, mais do que isso, dita a dinâmica da cidade e mexe com o jeito de ser da população. Quase metade dos trabalhadores do Distrito Federal (47%) assume insatisfação com o que faz e não esconde o sonho de trocar de emprego. Foram ouvidos 1.109 moradores, em 23 regiões administrativas.

Na Brasília dos concursos, praticamente duas em cada três pessoas (63%) que cansaram da atividade atual gostariam de ser servidor público. O baixo risco de demissão, mencionado por 39% dos entrevistados, é o que mais encanta os concurseiros. Ganhar mais, em média, aparece em 37% das respostas, tornando os salários melhores o segundo ponto mais lembrado. Apenas 5% demonstram preocupação em crescer na carreira, quando se fala em mudar de trabalho.

Os números reforçam o peso que os brasilienses dão ao funcionalismo público. Para melhorar de vida, no entender de 70% da população, a melhor alternativa seria passar em algum concurso. ;A cidade perde com essa ideia. Simplesmente, porque não há vaga para todo mundo que deseja ser servidor;, comenta o economista-chefe da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Diones Cerqueira. Abrir o próprio negócio foi apontado como solução por 26% dos entrevistados.

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