Economia

Manifestações marcam manhã que antecede leilão; vários ficam feridos

O tumulto tomou conta das ruas da Barra, no Rio de Janeiro. Manifestantes deixaram rastro de destruição e polícia age com tiros de bala de borracha e bombas

postado em 21/10/2013 09:45
Manifestantes feridos são socorridos; mascarados depredam a cidade e polícia revida com bombas e spray de pimenta: tumulto e quebra-quebra

A manhã desta segunda-feira (21/10) foi marcada por tumultos e protestos no Rio de Janeiro, por conta do leilão no Campo de Libra, previsto para ocorrer nesta tarde. Um grupo de manifestantes ocupou, por volta das 10h, a região perto da Avenida Lúcio Costa na Barra da Tijuca - onde está o Hotel Windsor, local de realização do certame - e sob gritos de ordem, pedem a anulação do leilão. Pelo menos seis pessoas ficaram feridas.

O tumulto tomou conta das ruas da Barra, no Rio de Janeiro. Manifestantes deixaram rastro de destruição e polícia age com tiros de bala de borracha e bombas

[SAIBAMAIS]Duas barreiras foram montadas de cada lado do hotel, onde o Exército Brasileiro está posicionado desde o domingo (20/10). Por volta das 10h30, um manifestante furou o primeiro bloqueio, mas foi impedido pelo Exército, que usou cordas para reforçar as grades. A ação provocou revolta e as pessoas começaram a sacudir a estrutural. Quando algumas grades caíram, os manifestantes avançaram, sendo agredidos com balas de borracha, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral pela polícia.

Em vídeo, o repórter Diego Amorim mostra o início do tumulto:

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O protesto foi então tomado por vários atos de agressões. Alguns manifestantes, entre eles, pessoas mascaradas, atearam fogo em lixeiras e na grama, destruíram carros e jogaram pedras nos policiais. O Corpo de Bombeiros foi acionado e a Tropa de Choque tenta controlar a situação com uso de força.

Daniel Correa, 32 anos:

O manifestante Daniel Correa, 32 anos, que chegou ao Rio hoje, em um ônibus com outros 48 manifestantes de Brasília, ficou ferido após um disparo com bala de borracha no peito. "Vim defender o país e levei bala", lamentou. Até mesmo os moradores da Barra discutem nas ruas, uns apoiando o protesto, outros defendendo a ação policial. Indignada, uma moradora diz: "cada bomba dessa é um dinheiro nosso que vai".

A operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) segue até a meia-noite de hoje. Os militares estão equipados com escudos e fortemente armados. Além das tropas federais do Exército, barcos da Marinha e helicópteros reforçam a segurança. O efetivo total é de 1,1 mil pessoas.



Força policial montou duas barreiras para conter manifestantes

A Avenida Lúcio Costa foi interditada. Moradores e trabalhadores que não estão cadastrados são impedidos de acessar a região. Algumas pessoas, mesmo sabendo do leilão, ficaram surpresas com o rigor para liberar a passagem pelo local. Quem não conseguiu passar pela avenida, começou a dar a volta pela areia da praia, mas logo o exército percebeu a movimentação e fez outra barreira.

Acompanhe a cobertura diretamente do Rio, pelo Twitter do repórter Diego Amorim

Opinião

Os moradores da região divergem de opinião quanto ao aparato de segurança montado. Nelson dos Santos, que reside perto do local, acredita ser necessário a operação de segurança montada pelo Exército. Já Lindalva da Silva, que trabalha na Barra da Tijuca, diz que as barreiras do exército trouxeram transtornos à população. O jornalista Diego Amorim conversou com esses moradores. Confira vídeos abaixo:

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