Economia

Manifestação não atrapalha banhistas, mas barraqueiros lamentam prejuízos

Após o fim do leilão, a região próxima ao hotel voltou à normalidade. Mesmo assim, para o administrador do quiosque Via 11, não havia como recuperar o dia

postado em 21/10/2013 18:38
Rio de Janeiro ; Os confrontos entre os manifestantes e as forças de seguranças no entorno do hotel onde foi feito o leilão do Campo de Libra, na Bacia de Santos, não atrapalharam o movimento de banhistas que foram aproveitar o dia de sol no Posto 3 da Praia da Barra da Tijuca, na capital fluminense. As bombas de gás, os tiros com balas de borracha e as depredações não intimidaram as pessoas que foram tomar banho de mar.

A estudante Roberta Mesquita disse que não ia perder o dia de sol por causa da manifestação. "Fiquei um pouco assustada, mas atrapalhar, atrapalhar mesmo, não. Vim peguei meu sol e estou indo embora. Vamos ver como será sair daqui", ressaltou.

[SAIBAMAIS]O comerciário Anderson de Souza Bessa soube do protesto pela TV. Segundo ele, antes de ir à praia com um grupo de amigos prestou solidariedade aos manifestantes, cumprimentando-os, pois é contra o leilão. "A causa é justa. Por que a gente tem que vender para fora?", indagou. ;Dei meu apoio e vou curtir um pouco", completou.



Quem não gostou nenhum um pouco da manifestação foram os comerciantes de quiosques e barracas de praia. O dono de uma barraca, Antônio Francisco de Souza disse que teve um prejuízo quando o efeito das bombas de gás chegou à praia. "O pessoal saiu correndo, sem pagar, deixou as barracas e cadeiras para trás. Como a gente fica? Com o prejuízo?".

Um pouco mais adiante, outro barraqueiro, Elenildo da Rocha Brito, também lamentava as perdas com a manifestação. "O dia foi muito ruim. Estou indo embora. Insisti um pouco, mas estou com medo e estou recolhendo. Melhor salvar a vida", disse.

Após o fim do leilão, a região próxima ao hotel voltou à normalidade. Mesmo assim, para o administrador do quiosque Via 11, não havia como recuperar o dia. "Dispensei funcionários assustados, não tinha como ficar aberto", disse Marcos Balestiane. "Foi uma batalha campal. As famílias ficam com medo de baderna", destacou.

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