Economia

Casa Civil e Secretaria de Aviação se desentendem sobre privatização

Para Gleisi Hoffmann, a presença de estatal é importante, pois a companhia vai melhorar a capacidade de gestão

postado em 24/10/2013 08:51




Desencontros entre integrantes do primeiro escalão se tornaram frequentes no governo. Nessa quarta-feira (23/10), em audiência no Senado, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, desautorizou o colega da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco, para quem a participação obrigatória de 49% da Infraero nos consórcios gestores dos aeroportos concedidos à iniciativa privada é um ;peso; para o Tesouro. Segundo Gleisi, a presença da estatal nesses grupos é importante, pois, ao se associar a grandes operadores mundiais, a companhia vai melhorar sua capacidade de gestão.

[SAIBAMAIS]Moreira Franco vê a exigência como um ;sacrifício; para o país e considerou que há ;alternativas melhores;. ;É um modelo que tem ônus para o governo. Como a Infraero não tem capital, é o Tesouro que faz o aporte necessário para que os 49% sejam cumpridos;, disse. Com isso, sugeriu que a norma poderia ser eliminada no futuro. A regra já foi aplicada na privatização dos terminais de Brasília, Guarulhos (SP) e Campinas (SP) e será válida também na licitação dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG), marcada para 22 de novembro. Gleisi deixou claro que o percentual não vai mudar.



;O modelo é uma opção de sustentabilidade da Infraero, e não pretendemos revê-lo. Temos muitos aeroportos que não podem ser concedidos, continuarão sendo administrados pela estatal e necessitam de uma boa gestão;, disse a ministra. ;Precisamos ter uma empresa capaz e com força. O objetivo da Infraero ao participar das concessões é exatamente poder estar ao lado de grandes operadoras e melhorar sua capacidade e expertise.;

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