Economia

Mantega afirma que estados e municípios terão economia de R$ 15 bilhões

O ministro da Fazenda um apresentou um balanço das estimativas de quanto as prefeituras e os governos estaduais ganharão com os novos índices de correção

Rosana Hessel
postado em 24/10/2013 14:50
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante reunião de entrega do relatório sobre a economia brasileira na última terça-feira (22/10)
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que a mudança do indexador da dívida de estados e de municípios terá um impacto de R$ 15 bilhões para os valores a serem pagos neste ano.

;Essa mudança será retroativa a janeiro de 2013 e isso implicará em uma economia para a dívida dos estados e municípios em R$ 15 bilhões só para este ano;, afirmou o ministro nesta quinta-feira, no Plenário do Senado Federal. Mantega participa da sessão de debates temáticos na casa cujo tema principal é ;pacto federativo;.

Para rebater as críticas nacionais e internacionais em relação ao descontrole fiscal das contas públicas ; o mais recente a expor preocupações em relação a isso foi o Fundo Monetário Internacional que novamente reduziu as projeções de crescimento do país ; , o ministro apresentou gráficos com indicadores da relação entre a dívida e a receita líquida de governos federal, estaduais e municipais demonstrando que uma diminuição ao longo dos últimos anos. Além disso, Mantega fez questão de destacar que esse projeto de lei vai continuar limitando o endividamento dos estados e municípios. ;Não significa que o endividamento dos estados e municípios será fora de controle e continuaremos na trajetória de solidez fiscal;, afirmou.



O Projeto de Lei Complementar PLP 238, aprovado ontem no Plenário da Câmara dos Deputados, propõe uma mudança da taxa atual de correção da dívida dos estados e municípios, atualmente IGPDI mais 6% ou 9% e que vinha sendo utilizados nos contratos assinados com a União desde 1997, para a Selic (taxa básica de juros) ou IPCA (indexador da inflação oficial), ou o que for menor. De acordo com o ministro, dois estados (Alagoas e Rio Grande do Sul) e 180 municípios, como São Paulo, Cuiabá e Rio de Janeiro, serão beneficiados. ;A medida vai beneficiar todos os municípios que pagam IGPDI mais 9%;, disse.

Novo fundo


O ministro também sinalizou que o governo não tem espaço fiscal para ampliar de 25% para 50% a participação da União na composição do Fundo de Desenvolvimento Regional, que deverá ser criado para compensar os estados que faz parte das discussões para a aprovação da proposta de mudança nas alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). ;Não dá para aumentar o valor em relação ao que apresentamos. As contas fiscais não aguentam um comprometimento de mais recursos da união;, disse Mantega, lembrando que os 75% dos R$ 297 bilhões do fundo virão de empréstimos. A falta de consenso entre os estados vem arrastando o debate e os parlamentares da base governista tentam apressar a votação da proposta do ICMS e dos fundos até novembro para que essas mudanças possam ocorrer a partir de 2014 e, assim, garantir segurança jurídica às empresas que tiveram subsídios no passado e hoje estão sendo questionadas na Justiça pela inconstitucionalidade dos benefícios dados anteriormente por governos estaduais.

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