Economia

Milhares de portugueses protestam contra a política de austeridade

Segundo os organizadores, cerca de 20 mil pessoas teriam participado do ato

Agência France-Presse
postado em 26/10/2013 18:00

Segundo os organizadores, cerca de 20 mil pessoas teriam participado do ato

Lisboa - Milhares de pessoas percorreram neste sábado as ruas de Lisboa para protestar contra a política de austeridade aplicada em Portugal em troca da ajuda financeira concedida pelos credores internacionais, que exigem cada vez mais sacrifícios da população. O movimento cidadão "Que se lixe a troika", procedente do grupo dos indignados, também convocou manifestações no Porto e em outras 12 cidades.

"Há uma saída: o governo na rua", "o euro afunda o país, referendo imediato", "não à troika, não à fome", afirmavam cartazes e faixas dos manifestantes.

Os moradores de Lisboa se reuniram no centro histórico da capital portuguesa antes do início da passeata até o Parlamento. Segundo os organizadores, cerca de 20 mil pessoas teriam participado do ato, e outras cinco mil no Porto.
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[SAIBAMAIS]No início da manifestação, o número de participantes parecia menor que nas concentrações convocadas anteriormente por esse movimento, em 15 de setembro e 2 de março, quando reuniram centenas de milhares de pessoas.

Os manifestantes protestam contra as novas medidas de austeridade anunciadas para 2014 como parte do programa de ajuste negociado em maio de 2011 por Portugal com a troika. O pacote deve render um empréstimo de 78 bilhões de euros. A troika é integrada pela União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

Para alcançar as metas fixadas pelos credores e levar o déficit público a 4% do PIB em 2014, o governo de centro-direita apresentou em 15 de outubro um projeto orçamentário marcado por cortes drásticos nos salários e nas pensões dos funcionários públicos. O texto prevê economia e receitas suplementares de 3,9 bilhões de euros, somadas à significativa alta de impostos no país este ano.

Analistas preveem o aumento da tensão social no país nas próximas semanas, já que os sindicatos anunciaram novas manifestações e uma série de greves no setor público.

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