Agência France-Presse
postado em 30/10/2013 14:54
Madri - A Espanha saiu timidamente da recessão no terceiro trimestre, com o retorno ao crescimento prejudicado por uma demanda interna que segue fraca em um país minado pelo desemprego e afundado em uma política de austeridade sem precedentes.
A quarta economia da Eurozona registrou um crescimento de 0,1% de seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo os números provisórios divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Duplamente atingido em 2008 pela explosão de sua bolha imobiliária e pela crise financeira internacional, o país caiu em 2011 em sua segunda recessão em cinco anos.
Esta tímida saída da recessão foi sustentada pela contribuição positiva das exportações, embora esta recuperação continue sendo comprometida por uma demanda interna muito fraca, explicou o INE.
Apesar da retomada do crescimento, a taxa de desemprego se mantém como uma das mais altas da Eurozona, atrás da Grécia, com 25,98% no terceiro trimestre, que entre os jovens chega a 54,39% entre os jovens.
Foco das tensões em 2012, em meio à probabilidade de um resgate total de sua economia depois do realizado em seu setor bancário, a Espanha desfruta nos últimos meses de alguma tranquilidade nos mercados, em parte sustentada por indicadores macroeconômicos que melhoram aos poucos.
Aproveitando o dinamismo de suas exportações, que teve seu volume aumentado para 6,6% entre janeiro e agosto, o déficit comercial da Espanha se atenuou nesse período, caindo 64,1%.
"O pior já passou" em termos de recessão, afirma Rafael Pampillon, diretor do departamento de análises econômicas da escola de comércio IE Business School.
Em sua opinião, o retorno ao crescimento "se baseia em bases muito sólidas", especialmente pelas exportações que crescem "graças a uma economia mais competitiva do que antes da crise", com custos trabalhistas mais baixos.
"As investigações sugerem, de maneira esperançosa, que o sólido comportamento recente da Espanha quanto às exportações continuará no curto prazo", afirma Ben May, economista da empresa de análises Capital Economics.
"Mas a queda dos salários, o fraco crescimento do emprego, no melhor dos casos, e o estado lamentável das finanças das famílias sugerem que o aumento do consumo familiar ainda pode estar distante. Já as difíceis condições para obter crédito podem frear os investimentos", lamenta.
Profundamente debilitados por sua exposição ao setor imobiliário atingido em 2008, os bancos espanhóis que receberam um resgate europeu de 41,3 bilhões de euros em 2012 permanecem muito cautelosos, mais concentrados em gerar receitas do que em financiar a economia.
Embora comemorem a saída da recessão, os analistas da empresa Renta 5 afirmam que ela "ocorre devido a uma força maior da demanda externa, enquanto a demanda interna segue muito deprimida e drenando o crescimento" em um país afundado em um esforço de austeridade para economizar 150 bilhões de euros entre 2012 e 2014.
Para o conjunto do ano, o governo conservador prevê um retrocesso de 1,3% do PIB, em leve melhoria em relação a 2012, quando caiu 1,6%. Em 2014 é esperada uma frágil recuperação de 0,7%. "Um sinal desta fraqueza" da demanda interna é o retrocesso da inflação, afirmam os analistas da Renta 4.
A quarta economia da Eurozona registrou um crescimento de 0,1% de seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo os números provisórios divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Duplamente atingido em 2008 pela explosão de sua bolha imobiliária e pela crise financeira internacional, o país caiu em 2011 em sua segunda recessão em cinco anos.
Esta tímida saída da recessão foi sustentada pela contribuição positiva das exportações, embora esta recuperação continue sendo comprometida por uma demanda interna muito fraca, explicou o INE.
Apesar da retomada do crescimento, a taxa de desemprego se mantém como uma das mais altas da Eurozona, atrás da Grécia, com 25,98% no terceiro trimestre, que entre os jovens chega a 54,39% entre os jovens.
Foco das tensões em 2012, em meio à probabilidade de um resgate total de sua economia depois do realizado em seu setor bancário, a Espanha desfruta nos últimos meses de alguma tranquilidade nos mercados, em parte sustentada por indicadores macroeconômicos que melhoram aos poucos.
Aproveitando o dinamismo de suas exportações, que teve seu volume aumentado para 6,6% entre janeiro e agosto, o déficit comercial da Espanha se atenuou nesse período, caindo 64,1%.
"O pior já passou" em termos de recessão, afirma Rafael Pampillon, diretor do departamento de análises econômicas da escola de comércio IE Business School.
Em sua opinião, o retorno ao crescimento "se baseia em bases muito sólidas", especialmente pelas exportações que crescem "graças a uma economia mais competitiva do que antes da crise", com custos trabalhistas mais baixos.
"As investigações sugerem, de maneira esperançosa, que o sólido comportamento recente da Espanha quanto às exportações continuará no curto prazo", afirma Ben May, economista da empresa de análises Capital Economics.
"Mas a queda dos salários, o fraco crescimento do emprego, no melhor dos casos, e o estado lamentável das finanças das famílias sugerem que o aumento do consumo familiar ainda pode estar distante. Já as difíceis condições para obter crédito podem frear os investimentos", lamenta.
Profundamente debilitados por sua exposição ao setor imobiliário atingido em 2008, os bancos espanhóis que receberam um resgate europeu de 41,3 bilhões de euros em 2012 permanecem muito cautelosos, mais concentrados em gerar receitas do que em financiar a economia.
Embora comemorem a saída da recessão, os analistas da empresa Renta 5 afirmam que ela "ocorre devido a uma força maior da demanda externa, enquanto a demanda interna segue muito deprimida e drenando o crescimento" em um país afundado em um esforço de austeridade para economizar 150 bilhões de euros entre 2012 e 2014.
Para o conjunto do ano, o governo conservador prevê um retrocesso de 1,3% do PIB, em leve melhoria em relação a 2012, quando caiu 1,6%. Em 2014 é esperada uma frágil recuperação de 0,7%. "Um sinal desta fraqueza" da demanda interna é o retrocesso da inflação, afirmam os analistas da Renta 4.