Os advogados do empresário Eike Batista, dono da petroleira OGX, protocolaram nesta quarta-feira (30/10) o pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ). O processo já era esperado para hoje pelo mercado econômico.
A recuperação judicial vai permitir que a empresa possa continuar operando enquanto negocia com os credores, com a mediação da Justiça, para tentar evitar a quebra definitiva.
A empresa declarou a Justiça que a dívida chega a R$ 11,2 bilhões com os detentores de seus títulos no exterior, fornecedores e com a OSX, empresa de construção da Naval que também pertence a Eike.
Nessa terça-feira (29/10), a petroleira afirmou que, após meses de negociação, encerrara sem acordo com os credores. A OGX já tinha comunicado ao mercado que não pagaria as parcelas referentes a juros de dívidas emitidas no exterior.
A OGX tem 60 dias para apresentar um plano de reestruturação das dívidas e os credores 30 dias para entregar suas manifestações.
Se o pedido for aceito, a Justiça vai determinar um ;administrador; para a empresa que deverá fiscalizar as medidas tomadas pela administração da petroleira.
Na página da OGX na internet, a empresa informa que tem recursos em caixa para operar apenas até o fim deste ano. A companhia ressalta ainda que precisará de US$ 250 milhões para cumprir as obrigações até março de 2014.
Em nota, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem participação na petroleira, informou não ter concedido nenhum financiamento à OGX e, portanto, não tem qualquer exposição de crédito à companhia. O BNDES destacou ainda que tem 0,26% de participação na OGX. Essa fatia, segundo o banco, representa 0,01% da carteira de ações da BNDESPar, braço da instituição que administra as participações em empresas.
Com informações da Agência Brasil