Simone Kafruni
postado em 05/11/2013 06:02
O governo da China deverá anunciar um novo e amplo ciclo de reformas que aumentará a abertura da economia ao capital estrangeiro e a investidores privados. As medidas, segundo a expectativa de bancos, empresas e analistas que acompanham a sociedade chinesa, podem ser as mais importantes desde a modernização liberalizante lançada pelo líder Deng Xiaoping no fim dos anos 1970, que lançaram as bases para a transformação do país na segunda potência econômica global.
[SAIBAMAIS]As mudanças devem ser anunciadas ao fim da terceira sessão plenária do18; Congresso do Partido Comunista, marcado para 9 a 12 deste mês, em Pequim e, segundo Yu Zhengshen, membro do comitê permanente do Bureau Político do PC, a reforma terá uma amplitude ;sem precedentes; e produzirá um impacto ;profundo; na economia e da sociedade.
Uma das modificações mais importantes, segundo analistas, será a possibilidade de as famílias da zona rural receberem títulos de uso da terra que cultivam. Hoje, a propriedade é integralmente do Estado, mas, pelas novas regras, esses títulos poderão até ser negociados. As rígidas leis que restringem a migração de camponeses de uma região para outra também deverão ser flexibilizadas.
Com as mudanças, o governo chinês espera dinamizar a atividade agrícola, aumentar a renda no campo, aumentar o consumo no interior do país e reduzir a disparidade entre trabalhadores rurais e urbanos. Apesar de todo o desenvolvimento econômico das últimas décadas, a China ainda possui mais de100 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, segundo cálculos do Banco Mundial.
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