Economia

Irlanda supera exame final dos credores e espera acabar com plano de ajuda

O país, que se viu obrigado a pedir ajuda no fim de 2010 para enfrentar a crise, está perto de tornar-se o primeiro da Eurozona sob assistência a encerrar a tutela

Agência France-Presse
postado em 07/11/2013 13:42
Dublin - A Irlanda superou a avaliação da ;troika; de credores (UE, BCE e FMI), o que abre o caminho para o fim do plano de ajuda em dezembro. O país, que se viu obrigado a pedir ajuda no fim de 2010 para enfrentar a crise, está perto de tornar-se o primeiro da Eurozona sob assistência a encerrar a tutela. "A Irlanda concluiu com êxito a 12; avaliação e o exame final do programa (de ajuda) da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do FMI (Fundo Monetário Internacional), o que representa um passo significativo para a recuperação da Irlanda", afirma um comunicado do ministério das Finanças.

[SAIBAMAIS]"Estabelecemos com sucesso as bases para que, em 15 de dezembro, seja concluído o programa da UE e do FMI e para que voltemos a obter financiamento nos mercados", destacaram o ministro das Finanças, Michael Noonan, e o ministro dos Gastos Públicos e das Reformas, Brendan Howlin. "É um dia significativo. Muitos acreditaram e alguns temeram que nunca chegasse. Os esforços do povo irlandês para alcançar este objetivo não têm precedentes", completaram os ministros. "Restauramos a estabilidade das finanças públicas, a economia cresce e o mais importante: mais de 3.000 empregos são criados ao mês, após a adoção de vastas reformas estruturais".



O primeiro-ministro Enda Kenny anunciou em outubro que o país acabaria com o plano de ajuda, mas que ainda precisava receber autorização do Eurogrupo. A Irlanda se viu forçada a pedir ajuda aos sócios europeus e ao FMI para enfrentar a crise provocada pela explosão da bolha imobiliária e o resgate de seus bancos, que provocou a disparada do déficit público a 30%. O antigo "tigre celta" recebeu uma ajuda de 85 bilhões de euros durante três anos em troca de um programa de austeridade draconiano para reduzir o déficit.

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