Thatiana Pimentel
postado em 10/11/2013 18:23
Você sabia que os consumidores mais abastados, das classes A/B, são os que mais compram produtos piratas? Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular revela que 61% dos que estão nesta faixa de renda adquiriram pelo menos um item falsificado nos últimos 12 meses. Na nova classe média (classe C), o percentual cai para 56%, enquanto que nas classes mais baixas (D, E e F), esta participação é de 51%.Para Renato Meirelles, sócio-diretor do Instituto Data Popular, o crescimento do consumo nas camadas mais ricas tem três causas. ;Uma é que as pessoas das classes mais altas já têm status e, com um falsificado bem-feita, ninguém vai desconfiar deles. Ou seja, eles podem esfregar a etiqueta na cara dos outros e não levantar suspeitas. A segunda razão é que a mulher da classe B ainda está em busca de pertencimento, então elas vão atrás de marca, mas não podem pagar por ela, então acabam levando para casa o produto pirata.;
Por fim, Meirelles indica o avanço da tecnologia é terceiro facilitador deste consumo. ;A internet tornou a falsificação quase incontrolável, porque fica acessível consumir de forma anônima. As ;dondocas; não precisam ir na sulanca, compram sem sair de casa;, afirma.
Os dados indicam ainda que os mais jovens se destacam no público-alvo de clientes dos falsificadores. Os brasileiros de 18 a 25 anos são os que mais compram produtos falsificados (65%). Em seguida aparecem os consumidores de 26 a 39 anos, com 61%. Já entre os brasileiros de 40 a 59 anos e a partir de 60 anos, os percentuais são de 57% e 34%, respectivamente.
No vídeo a seguir, Carlos Eduardo da Costa, inspetor chefe da Receita Federal do Porto de Suape, fala sobre a entrada de produtos falsificados no ancoradouro e como é realizada a fiscalização por parte da alfândega. Até agosto deste ano, mais de R$ 35 milhões em produtos falsificados foram apreendidos em Suape.
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