Economia

Privatizações de aeroportos testam a confiança de investidores em Dilma

Última grande privatização do atual governo mostrará até que ponto os investidores acreditam no país. Planalto aposta em ágio médio de 100% sobre o preço mínimo. Devido a atrasos no processo, futuros gestores terão problemas para entregar obras

postado em 16/11/2013 08:00
A presidente Dilma Rousseff deve celebrar, na próxima sexta-feira, a última grande privatização de seu mandato. Para garantir a mínima concorrência pelos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG), na esperadíssima segunda etapa de concessões do setor, o governo flexibilizou as regras, cedeu aos apelos de investidores e até acatou recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU). A transferência dos dois terminais movimentará, no mínimo, R$ 5,9 bilhões, dos quais R$ 4,8 bilhões com o Galeão e R$ 1,1 bilhão com Confins.

Retirados todos os obstáculos conhecidos, o certame marcado para as 10h do dia 22, na Bolsa de Valores de São Paulo (BM), deverá transcorrer com tranquilidade. Os consórcios entregarão, na próxima segunda-feira, as suas propostas, e vencerá quem oferecer o maior pagamento de outorga. Otimista, a equipe econômica espera um ágio médio próximo de 100%.Os dois aeroportos são responsáveis por 14% do tráfego de passageiros no país e por 10% do transporte de cargas.

Uma fonte que acompanha as negociações entre o governo e investidores estima que até sete grupos se apresentarão, sendo três focados em Confins, visto como o osso do filé Galeão. Para o Palácio do Planalto, o desfecho positivo no processo licitatório dos dois grandes aeroportos ; que se unirão aos de Brasília, Campinas (SP), Guarulhos (SP) e São Gonçalo do Amarante (RN) no clube de privatizados ; dará fôlego ao abalado pacote federal de investimentos em logística.

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