Economia

Mudança constante de convênios dos sindicatos prejudica pacientes

postado em 17/11/2013 06:00

Usuários do sistema privado de saúde são obrigados a interromper consultas e exames sem serem ouvidos

A vigilante Rosileide Gomes da Silva, 51 anos, acumula nas gavetas de casa uma pilha de exames médicos. Apesar de ter sido vítima de um cisto no ovário, há três anos, e, posteriormente, de uma série de complicações por erro médico na cirurgia, depende muito de seu plano de saúde. Vinculada ao Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal, responsável por contratar um convênio coletivo para os associados, a trabalhadora está tomando um susto atrás do outro. E o motivo: periodicamente, a entidade troca a operadora contratada, o que obriga Rosileide a mudar de médico e a começar o tratamento do zero.

;O mesmo médico não aproveita os exames anteriores e, a cada novo profissional, tenho que fazer uma bateria de procedimentos novamente;, lamenta Rosileide. Isso, depois de conseguir marcar a consulta, o que, segundo ela, demora até um mês.

Na hora de fazer os exames, outra dor de cabeça: até dois meses na espera. ;Por conta dos problemas decorrentes da cirurgia (ela teve a bexiga perfurada e uma séria infecção), tive que ir ao médico várias vezes durante este ano, e é sempre essa espera. A gente corre, corre e parece que não chega a canto nenhum;, reclama a trabalhadora. Agora, ela se prepara para uma nova consulta. ;Devem me pedir os exames todos de novo;, antecipa.

Como já possui sérias complicações de saúde, Rosileide não considera sair do plano atual para contratar um convênio individual, apesar de todos os problemas provocados pelo sindicato, ao trocar anualmente de convênio médico. Nesse caso, Rosileide poderia ficar sujeita a até dois anos de carência. Como a entidade estabelece um contrato direto com a operadora, os associados não precisam cumprir esse prazo de vedação do uso do plano.

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